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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

ESCOLA DE DISCÍPULOS - INTENSIVA - PARTE 3


21. A DOUTRINA BÍBLICA
Doutrina significa “ensino” ou “instrução”. A doutrina cristã é constituída de todas as verdades fundamentais da Bíblia, sistematizadas, que traz o conhecimento de Deus e das suas relações para com os homens.
A mensagem de Deus ao cristão é para que ele conheça bem a sua doutrina para maneja-la bem (II Timóteo 2:15). Doutrina não é mesmo que dogma. A doutrina apresenta a verdade divina, da maneira como ela se encontra nas Escrituras Sagradas, dogma é a maneira como o homem apresenta, em um credo, aspectos dessa mesma verdade.

21.1 - CONCEITO DE DOUTRINA
É o conteúdo de um ensino ou de uma crença. A doutrina pode ser divina (Mateus 7:28), humana (Tito 1:4) ou demoníaca (I Timóteo 4:1). A doutrina divina é a bíblica, ortodoxa e sadia; a humana e a demoníaca são heréticas, que levam o homem à condenação e à perdição.
A doutrina bíblica responde às perguntas sobre o Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo), sobre a natureza humana, sobre a vontade de Deus e sobre o nosso destino eterno.

21.2 - ASPECTOS DA DOUTRINA BÍBLICA
Ela supre a necessidade de uma opinião final e convincente sobre os problemas da existência humana.
Ela é importante para que o homem possa desenvolver o seu caráter cristão. Sem o conhecimento da verdade bíblica não há como o homem ter uma plena experiência cristã.

21.3 - A UTILIDADE DA DOUTRINA BÍBLICA
São as doutrinas bíblicas que expurgam as falsas idéias acerca de Deus e de seu caminhos, abrindo os olhos dos homens para as verdades de Deus (Mateus 22:29; II Timóteo 4:2-4).
As doutrinas bíblicas equipam adequadamente a pessoa que ensina a Palavra de Deus, dando-lhe segurança e habilidade no falar acerca das coisas eternas.

21.4 - A FONTE DA DOUTRINA BÍBLICA
As Sagradas Escrituras contêm a verdade divina, fazendo o homem “sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (II Timóteo 3:15).
As Escrituras constituem a revelação escrita da verdade divina, uma revelação pessoal do próprio Deus. Elas foram inspiradas divinamente, pelo Espírito Santo, o que torna a doutrina cristã única, viva e completa (II Timóteo 3:16; II Pedro 1:21).


22. A VOLTA DE JESUS
Por mais de trezentas vezes, o Novo Testamento refere-se à segunda vinda de Cristo. Porém, o tempo dessa volta é um assunto que compete exclusivamente a Deus, como o Senhor advertiu aos seus discípulos (Marcos 13:32-33).
É tão certa a segunda vinda de Cristo quanto foi a primeira. Todas as profecias bíblicas a respeito do nascimento e ressurreição do Senhor se cumpriram. Não há razão para se duvidar do cumprimento das referências proféticas sobre a segunda vinda (João 14:3; Apocalipse 22:20).

22.1 - COMO JESUS VOLTARÁ
·  Pessoalmente (João 14:3).
·  De forma inesperada (Mateus 24:32-51).
·  De maneira visível (Atos 1:11).

22.2 - PORQUE JESUS VOLTARÁ
Para receber os seus para si e ter-nos para sempre com Ele, realizando seu desejo (João 14:1-6).
Para julgar e recompensar os crentes pela utilização dos talentos que receberão (Mateus 25:14-30). Não sermos julgados com respeito aos pecados, pois estes já foram julgados e abolidos no Calvário (Isaías 53:5-6). Nosso julgamento será pela atuação no Reino de Deus.

22.3 - O ARREBATAMENTO DA IGREJA
O apóstolo Paulo tinha a verdadeira esperança na ressurreição dos santos por ocasião da segunda vinda de Cristo (I Tessalonicenses 4:16).
A Bíblia diz que a igreja será arrebatada, sem aviso prévio. Jesus levará os que se acharem preparados para sua vinda (I Tessalonicenses 4:16-18; II Tessalonicenses 2:1).
Em Mateus 24: 30,31, encontramos os anjos a recolher os eleitos, logo após ser proferida a lamentação por todas as nações.

22.4 - A GRANDE TRIBULAÇÃO
Após o arrebatamento da Igreja, haverá um tempo terrível de tribulação e angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel refere-se a uma tribulação jamais dantes experimentada (Daniel 12: 1). Em Mateus 24:21-29 é descrita como a Grande Tribulação. Ela durará sete anos, conforme dizem os estudiosos e serão dias de muita tribulação sobre a terra.
Nesse tempo surgirá um líder terreno, o arqui-inimigo do Senhor Jesus Cristo, o Anticristo, cujo destino será um rápido julgamento por parte do Senhor Jesus Cristo que triunfará sobre ele (Apocalipse 19:11-21).


23. ANDANDO NO ESPÍRITO
A Bíblia nos exorta a andarmos no espírito para que não sejamos dominados pela concupiscência da carne (Gálatas 5:26). Todo homem é espírito, alma e corpo (I Tessalonicenses 5:23). E precisamos cuidar desse trio com muito zelo.
O nosso espírito foi regenerado pelo novo nascimento. “E assim se alguém está em Cristo, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo.” II Coríntios 5:17.
Como novas criaturas, recebemos um novo coração e uma nova natureza, a medida que desenvolvemos a nossa salvação vamos amadurecendo na fé e passamos a produzir frutos dignos de arrependimento.
Precisamos aprender como sermos guiados pelo Espírito Santo e aprendermos d'Ele em todas as nossas necessidades. A vida no Espírito implica em três coisas: andar por fé, andar pela cruz e andar no sobrenatural. Vejamos:

I) ANDANDO POR FÉ
Fé pressupõe dependência de Deus. Ter fé é descansar no Senhor (Hebreus 4:3), é não andar de acordo com as circunstâncias (II Coríntios 5:7). Isso é característica do homem carnal. No entanto, devemos ter um olhar e um falar profético para não sermos enganados pelo inimigo de nossas almas. Quando proclamamos a Palavra de Deus, a qual é viva e eficaz, nos tornamos mais que vencedores. Por isso é importante confessar constantemente o que Deus é, o que somos, o que temos e o que pretendemos fazer. Que longe de nós esteja o pecado da incredulidade, o qual gera dúvida e derrota como aconteceu com os nossos pais Adão e Eva.

II) ANDANDO PELA CRUZ
O Senhor Jesus propôs aos seus discípulos um padrão de vida que exige renúncias, do ego, da vontade carnal. Tomar a cruz significa fazer a vontade de Deus, deixar Ele no controle do nosso ser para que possamos dizer como Paulo: “Não vivo eu, mas Cristo vive em mim”
·       A cruz é o lugar onde vencemos o diabo, onde a vitória é definitiva.
·       Antes de conhecermos a Jesus reinava o EGOCENTRISMO (Eu no centro).
·       Agora que Ele nos dirige reina o TEOCENTRISMO (Deus no centro).

III) ANDANDO NO SOBRENATURAL
Para se andar no Espírito precisamos andar no nível sobrenatural em disciplina do corpo e da mente para que façamos a vontade do Espírito. O nosso espírito foi regenerado no momento da conversão, a nossa alma está sendo transformada até chegarmos à estatura de varão perfeito. Por isso não devemos nos conformar com este século mais sim devemos transformá-lo pela renovação da nossa mente (Romanos 12:2), e deixar que todo e qualquer pensamento seja guiado pelo Senhor, já que somos o Templo de Espírito Santo, e Ele habita em nós (I Coríntios 6:19). Precisamos rebater tudo que vier de encontro à Palavra de Deus.
Existem formas extraordinárias pelas quais Deus nos guia, como: a Sua Palavra, a Sua voz audível, sonhos, profecias, o conselho de irmãos, anjos, etc.
No entanto, é necessário confirmar a direção do Espírito em nossa vida. Dentre elas podemos destacar a convicção interior (Provérbios 20:27), a Palavra de Deus escrita, a paz de Deus (Colossenses 3:15), a busca por um aconselhamento maduro (Provérbios 15:22), as circunstâncias e a providência divina, além da confirmação profética (I Coríntios 14:3).


24. OS PERIGOS DE UMA IGREJA DIVIDIDA
A igreja de Coríntios era uma Igreja cheia de dons espirituais, mas apesar de qualificada nesta área era deficiente em unidade e relacionamento por causa das dissensões dentro dela. O apóstolo Paulo adverte sobre este grave proble­ma e alerta sobre os seus perigos. Vamos aprender com essa experiência os perigos de uma Igreja Dividida. O texto encontra-se em I Coríntios 3:1-9.

1° - AS DIVISÕES SÃO PROVAS DA FALTA DE ESPIRITUALIDADE
(v. 1,2) “...E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo”.
Os Cristãos espirituais e os carnais são ambos crentes, mas de inclinações opostas.

TIPOS DE CRENTES:
·       Crentes carnais - São crentes controlados pela carne.
·       Crentes espirituais - São crentes experientes e maduros.
·       Crentes crianças em Cristo - São Crentes imaturos, sem espiritualidade, embora se julguem altamente espirituais.

2° - AS DIVISÕES ALTERAM NOSSA DIETA ESPIRITUAL
(v.2) “Leite vos dei de beber, não vos dei alimento sólido; por que ainda não podeis suporta-lo. Nem ainda agora podeis, por que ainda sois carnais”.
Paulo gostaria de ter-lhes escrito uma mensagem mais madura, mas por causa da carnalidade da igreja, isso se tornou impossível.
O crescimento de um cristão avança na medida em que ele elimina as atitudes carnais, ou seja, ao cultivar uma vida de comunhão com Deus.
Os crentes de Corinto não tinham tido nenhum progresso espiritual. A prova disso eram as disputas internas que a igreja tinha se envolvido.

3° - AS DIVISÕES SÃO RESULTADOS EXTERIORES DA INVEJA
(v.3) “Por quanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?”
A divisão sempre tem sua origem na inveja. A Inveja é uma insatisfação com o sucesso alheio.
A inveja é uma marca muito clara de um cristão carnal que não conhece os valores do Reino de Deus.
Os crentes de Corinto agiam como pagãos que ainda não conheciam a Deus.

4° - AS DIVISÕES ACONTECEM QUANDO TRANSFORMAMOS HUMANOS EM HERÓIS.
(v.4) “Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apoio; porventura não sois carnais?”
Quando temos heróis dentro da Igreja corremos o risco de nos tornarmos cúmplices das obras do diabo. Pois este sentimento errado para com um irmão vai nos levar a uma total cegueira a ponto de não enxergarmos os erros daqueles que adotamos como nossos heróis.
Quando temos heróis dentro da Igreja perdemos a oportunidade de sermos amigos e irmãos de verdade.
A divisão de uma Igreja poderá levá-la à perda da sua vida espiritual.
Mateus 12:25 “...Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto e toda cidade ou casa dividida contra si mesma NÃO SUBSISTIRÁ”


25. A UNIDADE DA IGREJA
A unidade é fundamental para que a obra de Deus avance de uma forma poderosa, por isso precisamos conhecer algumas verdades que irão gerar unidade em nossa igreja. Verdades que preservam a unidade da igreja:

1° - DESPREZE A GLORIFICAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM
·  Tanto Paulo como Apoio eram apenas servos, que significa um ajudante do evangelho.
V.5 “...Quem é Apoio, e quem é Paulo? servos por meio de quem crestes”.
·  Os dotes espirituais que cada cristão são dádivas de Deus.
·  Neste caso, os servos não têm nenhum motivo algum para se gloriarem, como também não tem nenhum motivo os seus liderados os exaltarem aposição de heróis.
V.5 “...E isto conforme o Senhor concedeu a cada um”.
·  Alguns crentes imaturos tinham transformado erroneamente, Paulo e a Apoio em autênticos objetos de fé. Eles eram apenas os instrumentos usados por Deus, pois quem produz mudança no coração do homem é o Senhor.
V.5 “...Servos por meio de quem crestes”.

2°- APRENDA A ENXERGAR O GRAU DA SUA IMPORTÂNCIA
V.6 “...Eu plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio de Deus”
·  O Trabalho na Igreja de Corinto começou com Paulo, mas Apoio também realizou um importante trabalho.
·  O plantio é importante; o ato de regar também, mas não devemos esquecer que o crescimento e a colheita só Deus pode fazer.

3°- DIANTE DE DEUS TEMOS IGUAL IMPORTÂNCIA NO CORPO DE CRISTO
V.8 “...Ora o que planta e o que rega são um”
·  A importância de cada membro para o funcionamento do corpo de Cristo é vista por Deus de forma igual. Diante de Deus no funcionamento do Corpo temos igual importância.

4°- DIANTE DE DEUS TEMOS RECONHECIMENTO DIFERENTE DEPENDENDO DA NOSSA DEDICAÇÃO A ELE
V. 8 “...E cada um receberá galardão, segundo o seu próprio trabalho”.
·  O galardão obtido será uma conquista pessoal, devido à dedicação a Deus.
·  O reconhecimento é Deus quem faz.
·  Paulo deixa claro que todo o trabalho deve visar agradar a Deus e não aos homens.

5° - TUDO É DE DEUS
·  Observem a existência de Paulo em afirma três vezes que tudo é Deus.
V.9 “...Somos cooperadores de Deus; lavoura r edifício de Deus sois Vós”.
·  Seu trabalho, encargo, talento e espaço no corpo de Cristo, TUDO É DE DEUS.
·  Você pode dizer assim: "Pela Graça de Deus sou o que sou e pela graça de Deus faço o que eu faço".


26. OS RESULTADOS DO USO DOS DONS
Vejamos o texto de Lucas 6:38 “...Daí, e dar-se-vos-à; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; por que com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Contém um princípio do reino de Deus. O reino de Deus é regido através de princípios e o fluxo e refluxo do Espírito Santo é um deles. O texto ensina que há um ciclo que não se interrompe a partir do seu começo. Ao começar ele se encarrega de funcionar conforme estabelece o reino de Deus. O que acontece quando usamos os dons que deus nos concede?

01 - ALEGRIA EXTRAORDINÁRIA - Deus nos projetou para funcionarmos com os nossos dons. Quando fazemos, vivemos de modo vibrante, vemos a obra de Deus sendo feita através de nós. É algo maravilhoso e é fundamental para a nossa saúde espiritual.

02 - CRESCIMENTO ACELERADO - Deus nos projetou para fazermos uso de nossos dons. Utilizar nossos dons para servir é o fator essencial e indispensável para o crescimento espiritual, sem usarmos os nossos dons iremos estagnar no processo de crescimento de nossa vida espiritual.

03 - VIDA PRODUTIVA - Os Cristãos podem se tornar um Mar Morto, recebendo muitas bênçãos de Deus, mais sem escoar.
Quando colocamos os nossos dons em ação as correntes da vida irão ressurgir e a igreja se livra do risco de paralisação e estagnação.
EX: O Crente Esponja - A única maneira de restaurar a capacidade de absorção da esponja será espremendo-a.
 Como cristão absorvemos ensinamentos, instruções mais se não vazarmos chegará a um ponto que deixarmos de crescer. Tornamo-nos saturados, reduzindo nossa capacidade de absorção.
 Por mais mensagens que possamos ouvir e bênçãos que possamos receber, chegará o ponto que não reteremos mais nada. Esprema sua esponja para poder servir. Não ceda a tentação de reter sua vida debaixo d'água. Libere-a! Há muito mais por vir.

04 - INTIMIDADE COM DEUS- Ao ingressar no reino de Deus não vá para tribuna de honra, rume ao campo de disputa da partida. É ali que reside a emoção.

05 - EVITA O DESPERDÍCIO - Dons escondidos não amadurecem eles estragam. Todo o cristão que não se deixa usar na obra de Deus vai pouco a pouco perdendo sua saúde espiritual, e isso pode levá-lo ao afastamento total de Deus.
Se algum cristão se dispuser a ser usado por Deus é bom saber DEUS É DIGNO DO MELHOR DE NÓS. Aplique-se, não apenas tente. Mostre empenho. Deus merece o melhor.




27. OS VÍRUS DA PROSTITUIÇÃO ESPIRITUAL
A Bíblia compara a Igreja como uma noiva, separada e pura, que será apresentada ao noivo que é Cristo. A Bíblia também fala de uma Igreja que se tornou uma grande meretriz em Apocalipse 17:4, mostrando esta terrível possibilidade de uma Igreja se tornar prostituta, por se contaminar com os vírus da prostituição espiritual. Todos nós temos que ter cuidado para não sermos contaminados com estes vírus que são devastadores na pureza da Igreja e da nossa Vida Cristã.
Quais são estes vírus que precisamos evitar o seu contágio?
Toda prostituta um dia foi uma mulher virgem, e toda igreja que hoje é morna já queimou pelo poder do Espírito Santo. Todo o crente morno já foi algum dia apaixonado por Jesus.

1 – IDOLATRIA
Ídolo nos fala de algo que é colocado na frente de Deus. Idolatria é qualquer coisa que toma o nosso coração. Mateus 6:24.
Idolatria não é só adorar imagens, é colocar qualquer coisa no lugar de Deus, como namorado, trabalho, estudos, etc...
Como eu sei se estou com este vírus da Idolatria? Quando permito que qualquer coisa tome o lugar de Deus na minha vida. Quando não acho tempo para Deus na minha agenda diária, isto é, não tenho tempo para a leitura e estudo da Palavra, para a oração e intercessão, quando não tenho disposição e iniciativa apara o evangelismo, etc.

2 - FALTA DE ALIANÇA
Prostituição fala da falta de aliança. É quando se tem compromisso com mais de um, no mesmo nível, ao mesmo tempo, isto é prostituição.
Você não pode ser um cristão sem aliança, sem compromisso com sua Igreja local, com seu líder, com seu Pastor. Se isso está acontecendo é um sinal da prostituição espiritual.
Você quer ter uma vida abençoada, seja uma pessoa de aliança, de compromisso. Jeremias 48:10.

3 - FALTA DE SUBMISSÃO
Prostituta não se submete a ninguém.
Uma característica da meretriz é o desejo de não prestar conta com ninguém. Nem da hora de sair, nem da hora de chegar, nem com quem esteve. Quem não tem compromisso com ninguém está com o vírus.
Há cristãos que dizem: O meu compromisso é só com Jesus, não tenho compromisso com homens. Quem não tem compromissos com homens, nunca terá compromisso com Deus. I João 4:20b

4 - UMA RELAÇÃO COMERCIAL COM A IGREJA LOCAL
Quando o comércio entra no nosso coração nos comportamos dentro da igreja como cliente, e olhamos para a igreja como prestadora de serviço.
A pessoa que tem este vírus não está disposta a servir para que sua igreja seja melhor, e sim está atrás do melhor serviço para satisfazer a si próprio. Ele facilmente muda de Igreja. Pois não há um espírito de servo no seu coração. Mateus 20:25,26,27

5 - APARÊNCIA SEM REALIDADE
Prostituta gosta de pompa.
A Palavra de Deus diz em Apocalipse 17:4 que ela está adornada como a noiva. Com uma diferença, a meretriz é aparência, seu interior é imundície.
Há algumas pessoas dentro da igreja que tem apenas aparência de espiritualidade. O Senhor Jesus nos chamou para termos realidade, e não meramente aparência.

6 - INTIMIDADE QUE NÃO RESULTA EM FECUNDIDADE
Se a sua intimidade é um fim em si mesmo, sem gerar filhos para Deus é uma intimidade estéril no meio da igreja.
Onde estão os filhos que você gerou? Ninguém casa só para ter intimidade, mas também para gerar filhos. E isso começa a partir do desejo.
Os verdadeiros íntimos diante de Deus geram filhos para Deus. Gálatas 4:19.


28. BATALHA ESPIRITUAL
A luta espiritual afeta todos os crentes e não apenas os missionários que trabalham em terras dominadas pelo paganismo e trevas espirituais. O diabo existe mesmo e os demónios são em grande número. Assim, todos os crentes - queiram ou não, concordem ou não, tenham consciência disso ou não - acham-se engajados numa guerra, numa luta de vida ou morte contra um inimigo feroz; tanto faz ser um missionário, ou um ministro de música, ou um líder de células.
A Bíblia nos adverte seriamente, para que estejamos sempre alertas (Efésios 6:10-18), nos fortalecendo, nos revestindo da armadura espiritual, para podermos enfrentar os ataques que vêm, não de pessoas, mas de seres invisíveis.

I) A POSTURA DO CRENTE DIANTE DA BATALHA ESPIRITUAL.
1. RECONHECER QUE ESTÁ NUMA GUERRA
A Bíblia ensina que precisamos-estar alertas, vigilantes, mantendo os olhos sempre em Jesus, mas atentos ao diabo. Não podemos ignorar os seus desígnios; devemos entender que nossos inimigos são seres que pensam, conver­sam, escutam, observam e planejam estratégias (II Coríntios 2:11; Efésios 6:11). É necessário identificar as estratégias do inimigo e a maneira como ele age.

2. RESISTIR AO DIABO E ELE FUGIRÁ
Deus não irá resistir a ele por nós. Somos nós mesmos quem temos de fazer isso, rejeitando as suas tentativas de levar-nos a nos sentir magoados ou irritados, não ligando para as influências que ele tem arremessado contra nós. Ele pode tentar repetir sua estratégia algumas vezes, mas se permanecermos convictos da eficácia da obra de Cristo, a vitória certamente será nossa (Tiago 4:7; I Pedro 5:9).

3. TER UMA POSIÇÃO EQUILIBRADA
Temos que evitar os extremos, prejudiciais para a vida espiritual: não devemos nos tornar “obcecados por demónios”, atribuindo tudo ao diabo; por outro lado, é preciso admitir que o diabo está agindo e que ignorá-lo não anula sua atuação. É preciso termos discernimento, estarmos cientes das coisas que o diabo faz, mas sem nos deixarmos influenciar por sua atividade. É bom estarmos cientes das ações de Satanás, mas passemos mais tempo estudando a Palavra de Deus e conhecendo o Seu poder.

II) O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE NA BATALHA ESPIRITUAL
Quando Deus criou o homem, deu-lhe o livre arbítrio, bem como autoridade sobre o planeta Terra (Salmo 115:16), e o poder de decisão. Se pecarmos, permitimos o inimigo agir; se, com autoridade, exercitarmos nosso livre arbítrio, podemos expulsar o inimigo. Adão desobedeceu e perdeu sua autoridade. Jesus veio ao mundo e a retomou (Colossenses 2:15; Isaías 61:1). Deus quer formar um exército, mobilizar pessoas que sabem que possuem autoridade espiritual e que a exercitem. É necessário que os crentes se empenhem nessa guerra, tanto defensiva quanto ofensivamente, colocando-se nas brechas em favor das instituições, derrotando os principados, derrubando as fortalezas e expulsando as trevas, agindo de forma bem específica e definida, lutando com oração e buscando o poder do Espírito Santo, para que haja transformações na família, na sociedade e na nação.
Deus nos fornece as armas e a armadura, o que significa que estamos preparados tanto para atacar como para nos defender. Cristo é nossa armadura, nossa justiça, salvação e verdade (II Coríntios 10:4; I Coríntios 1:30).

III) GUERRA DEFENSIVA.
A luta defensiva se trava individualmente (Efésios 6:13). Devemos defender nosso compromisso com Cristo dos ataques, mentiras, tentações e seduções que o inimigo atira contra nós. Há três áreas que devem ser protegidas:

1. A MENTE
O diabo gosta de colocar certas ideias em nossa mente. Qualquer um de nós pode estar lutando com pensamentos que comprometam sua vida cristã. Se tais pensamentos estiverem relacionados com orgulho, incredulidade, lascívia, depressão ou condenação, precisam ser expulsos de nossa vida. Entreguemos nossa mente a Deus, pondo-a em harmonia com a Palavra (II Coríntios 10:3-5).

2. O CORAÇÃO (ATITUDES E EMOÇÕES)
O diabo só pode atuar no mundo por intermédio do pecado e do egoísmo. A Bíblia nos adverte que, para não dar lugar ao diabo, devemos resolver o problema das atitudes erradas (arrogância, rebeldia, rancor, contendas) em nossa vida, no casamento, na igreja, na nação e, regularmente, corrigirmos tais atitudes (Efésios 4:26-27; Provérbios 4:23).

3. A LÍNGUA
O diabo sabe que ela possui um enorme poder, podendo ser usada tanto para o bem como para o mal (Tiago 3:10). O inimigo gosta de levar-nos a expressar incredulidade, difamar outros, passar mexericos, falar sarcasticamente. Cuidemos do nosso falar (Salmo 37:30).

IV) GUERRA OFENSIVA
A guerra ofensiva tem por alvo o mundo que nos cerca, a fim de ganharmos mais terreno para o reino de Deus. Não podemos entrar nessa batalha só para nos defender; é preciso partir para o ataque contra as portas do inferno (Mateus 16:18), usando as estratégias da oração e adoração para derrubar tais portas (Efésios 6:12).

1. OS DOMINADORES DESTE MUNDO
O inimigo procura ocupar as posições de autoridade, atacando as estruturas organizacionais e as instituições, para tentar governar a terra. A autoridade é uma forma de proteção para a organização. A maneira como a liderança é exercida e como o subalterno se submete a seu superior, determina a vitória na batalha espiritual (Romanos 13:1-3; Tito 3:1).

2. PRINCIPADOS
Biblicamente, são territórios governados por um príncipe, designando a organização das hostes de Satanás em termos geográficos. Precisamos conhecer as áreas de atuação do diabo, nos opondo a ele e usando a autoridade dada por Cristo para derrubar tais domínios, orando pelos grupos humanos e pregando-lhes o evangelho.

3. POTESTADES
Quanto mais pecarmos, maior será o domínio do inimigo sobre nós. Esse domínio varia com o tipo de mal que é praticado. Deus pode revelar-nos qual é a potestade dominante em cada situação. Então podemos repreendê-los em nome de Jesus e adotar uma atitude oposta à influência delas.

4. DOMINADORES DO MUNDO TENEBROSO
Uma das principais táticas de Satanás é manter a mente do homem em trevas, através do ateísmo, das heresias, seitas, etc. Devemos viver a verdade e pregar o evangelho. Não podemos dissociar a batalha espiritual da obra de evangelismo; é preciso acender a luz para acabar com as trevas (Mateus 4:16,17).


29. INTEGRAÇÃO CRISTÃ
O companheirismo cristão que se pode desfrutar nas células e em outros grupos, embora seja muito valioso, de maneira alguma substitui a igreja. O melhor modo de entendermos a necessidade de nos integrarmos a igreja é entendendo o sentido da existência da igreja. Na Bíblia, a palavra igreja refere-se a todo o grupo de salvos do mundo, bem como a determinado grupo local de cristãos. Muitas vezes ela é chamada de o Corpo de Cristo, significando que todos os cristãos, desde o momento em que recebem a Cristo, são partes do corpo espiritual de Cristo (I Coríntios 12:12-27).

I) A NECESSIDADE DA IGREJA
1. ESTABELECE UMA ORGANIZAÇÃO DOS CRISTÃOS.
Nosso Deus prima pela ordem (I Coríntios 14:33) e não é da sua vontade que haja confusões entre os cristãos. Além disso, ela também fornece orientações para os cristãos em geral e intensifica o seu crescimento.
2. FORNECE COMUNHÃO AOS CRISTÃOS
A comunhão dos cristãos entre si é uma ordem de Deus (Hebreus 10:25). É extremamente importante que o discípulo goze de uma boa comunhão com os outros. A igreja nos oferece esta oportunidade. Num ambiente de comunhão, os cristãos se confortam mutuamente (Romanos 1:12), cooperam uns com os outros (I Coríntios 12:14-27), e também partilham das alegrias e dos fardos uns dos outros (Gálatas 6:2).

3. OFERECE CONDIÇÕES PARA QUE O CRISTÃO SEJA DOUTRINADO
Uma boa igreja deve treinar seus cristãos na doutrina, para que eles possam crescer na vida espiritual e ajudar a outros. É importante que conheçamos as doutrinas da nossa fé.

4. DÁ A OPORTUNIDADE DE ADORARMOS A DEUS EM GRUPO
Deus deseja e exige de nós um louvor constante em amor. Essa adoração pode ser individual ou coletiva. O culto em grupo, com cânticos e louvor a Deus, tanto serve para honrar o Senhor como contribui para o nosso crescimento espiritual.

5. DÁ A OPORTUNIDADE DE TRABALHARMOS PARA O SENHOR
A igreja constitui um local onde podemos exercitar os dons que Deus nos deu. Ali podemos trabalhar, juntamente com os demais, na pregação do Evangelho ou em outros projetos. Deus ordena que façamos obras que demonstrem a nossa fé.

II) A INTEGRAÇÃO DO DISCÍPULO COM A IGREJA
O discípulo deve participar da igreja por todas as razões que constituem a necessidade da igreja e, principalmente, porque Deus nos ordena que a frequentemos (Hebreus 10:25). A integração do discípulo a um grupo de cristãos evita que ele caia no erro de abraçar ideias extremas, pois a vida dentro do grupo ajuda a atenuar essas tendências, bem como, permite o contato com cristãos mais amadurecidos (Hebreus 5:14).
O discípulo precisa não apenas integrar-se numa igreja, mas também na igreja adequada. Existem muitos critérios que podem ajudá-lo nessa escolha. Dentre esses critérios, destacamos: uma igreja que pregue a mensagem do evangelho e testemunhe uma atmosfera de amor; que pregue a necessidade de uma decisão pessoal, para se receber a Cristo como Senhor e Salvador; onde os membros demonstrem conhecer e viver a nova vida em Cristo; e onde se dê ênfase ao trabalho de missões.


30. MURMURAÇÃO
Deus nos recomenda a servir uns aos outros (I Pedro 4:10). Muitas passagens bíblicas nos recomendam a alegria (Romanos 14:17; Filipenses 4:4). Porém, há muitos cristãos tristes, raivosos, rabugentos, choramingosos, mal-agradecidos, caluniadores, que falam mal dos outros, julgando e condenando seus atos. A discórdia entre os filhos de Deus tem sido a melhor colheita de Satanás. O alvo maior de Satanás é destruir-nos e, como ele não pode nos vencer, procura então nos aborrecer, entristecer ou prejudicar. É no terreno das murmurações que nascem as ervas danosas que envenenam os corações do povo de Deus (Obadias 15; I Pedro 2:1).
Muitos pastores e obreiros gastam tempo tentando reconciliar irmãos brigados e aqueles que se vêem envolvidos em discórdias, infâmias e facções. O diabo tem formado um time de murmuradores que falam de tudo e de todos.

I) QUEM SÃO OS MURMURADORES
Os murmuradores estão a serviço de Satanás. São pessoas insatisfeitas e que não concordam com a liderança colocada sobre elas. Reivindicam posições, criticam projetos e julgam a obra realizada (Judas 16). São pessoas descontentes, que procuram erros, investigando e julgando à revelia seus irmãos e seus líderes. É quase impossível alguém conseguir ser feliz quando tem um murmurador por perto, pois ele está sempre descontente com tudo e com todos e acaba contaminando todo o ambiente. Agem detectando ou inventando falhas nas pessoas. A murmuração é uma doença crónica e os murmuradores são uma praga que acaba danificando a lavoura de Deus.
As principais características dos murmuradores são: inveja, maldade, calúnia, hipocrisia, vingança, incredulidade, ingratidão e orgulho.
Deus abomina a murmuração, o criador de intrigas e o que espalha a maldade entre os irmãos, criando um clima de desconfiança entre os mesmos (Provérbios 6:16.19). Deus não usa de misericórdia para com os murmuradores. Todos eles morreram pela imprudência da murmuração - pelo mau uso da língua (I Coríntios 10:9-10; Deuteronômio 1:26-27, 34-35).
II) COMO SURGEM OS MURMURADORES
Ninguém nasce com o dom de murmurar. Alguém se torna murmurador pela discórdia, que é uma manifestação da carne (Gálatas 5:20) e é motivada por inveja (uma antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos, mas queremos). A discórdia leva à desavença e esta promove a divisão e um corpo dividido morre. Também surgem pela insatisfação, que promove a fragmentação do Corpo de Cristo e emperra o desenvolvimento da obra de Deus. Os insatisfeitos vivem migrando de igreja em igreja. São descontentes, não possuem raízes, não são fiéis. Finalmente, pelo uso inadequado da língua (Salmo 34:13). Não podemos permitir que a nossa língua corra adiante dos nossos pensamentos. O uso inadequado e inoportuno da língua pode levar à guerra, pode gerar o confronto, pode criar inimizades. Atentemos para Efésios 4:29.
A amargura conduz à murmuração. É um dos sinais de afastamento de Deus, ou de quebra da comunhão com Ele. O problema mais sério de uma pessoa amargurada é que ela ouve o que não foi dito, vê o que não existe e pensa e entende tudo as avessas. Daí ser de muita importância ouvir o que diz a Palavra em Efésios 4:31.

III) CONSEQUÊNCIAS DA MURMURAÇÃO
1. INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL
São pessoas desocupadas na igreja, irrequietas, que fazem de conta que estão envolvidas no programa e a igreja faz de conta que acredita. Elas não se tocam, não se emocionam, não acham graça em nada. Uma pessoa insensível à Palavra de Deus é como uma árvore seca, desprovida de vida de frutos. É importante que o cristão cultive amor pela obra de Deus (Salmo 122:1).

2. AFASTAMENTO DOS TESOUROS DA GRAÇA
Toda atividade da vida cristã depende da graça divina. Essa graça, entretanto, pode ser resistida (Hebreus 12:15), recebida em vão (II Coríntios 6:1), apagada (I Tessalonicenses 5:19), anulada (Gálatas 2:21) ou abandonada pelo crente (Gálatas 5:4). Uma pessoa está perdendo a sua motivação espiritual quando começa a questionar a Deus, a sua palavra e os seus líderes. Ou quando procura adequar a Bíblia ao seu jeito de viver, afastando-se da graça de Deus. Quanto mais de Deus nos afastamos, mais desequilibrados ficamos e mais murmuradores nos tornamos.

3. MORTE ESPIRITUAL
Começa quando voluntariamente cedemos espaço ao pecado, ao mundo e a Satanás. Quando a inveja, a crítica e a murmuração encontram guarida num coração, começam a sufocá-lo e a matá-lo. Tome posição. Não morra. Viva. Seja o que Deus programou para você.

4. ENFERMIDADES
Muitos, sem nenhum temor de Deus, escancaram suas bocas e murmuram contra os representantes de Deus. Míriã abriu a boca contra seu irmão Moisés e ficou leprosa (Números 12:1). Muitos ficam doentes por falarem mal dos outros. Isso não quer dizer que toda doença é resultado de murmurações. Se uma igreja local possui muitos departamentos e seus líderes falam mal uns dos outros, nenhum deles prosperará (Gálatas 5:15).

5. SUSCITAÇÃO DA IRA DE DEUS
A murmuração sempre traz o juízo de Deus. O povo de Israel em várias ocasiões reclamou de Deus e colheu pragas e morte. É preciso ter cuidado com as coisas que falamos e fazemos como nos exorta a Bíblia (Tiago 4:11; 5:9).

IV) A BÍBLIA E OS MURMURADORES.
A murmuração impede o cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas (Números 14:26-38). Deus procura adoradores e não murmuradores.
A Bíblia é um manual que nos instrui a viver com grandeza, sobriedade e equilíbrio. Na Palavra de Deus temos instruções claras para o desenvolvimento do espírito, da alma e do corpo. Há mandamentos claros sobre o que fazer e o que não fazer. As bênçãos que vêm da obediência são gloriosas, mas as consequências da desobediência são desastrosas.
A Bíblia é uma bússola que nos mostra o caminho. É impossível, mental e socialmente, escravizar um povo que lê a Bíblia. Ela é a revelação que renova o homem, ilumina sua mente, inclina seus desejos para viver uma vida plena e vitoriosa.
31. MATURIDADE CRISTÃ
Discípulos que reflitam a perfeita humanidade do Filho de Deus. Esse é o propósito de Deus para com todos os seus escolhidos. Assim, o Senhor nos exorta a que “...prossigamos até a perfeição...” (Hebreus 6:1).
A maturidade espiritual, assim como a maturidade física, não ocorre do dia para a noite, mas é um processo dinâmico que continua por toda a vida. É necessário, pois, que busquemos o amadurecimento de vida cristã através de um cuidado devocional e de atitudes que exprimam fé e segurança na Palavra de Deus.

I) CULTIVANDO A MATURIDADE CRISTÃ
A busca da maturidade envolve aplicação e disciplina. Há coisas que temos de fazer por nós mesmos, pois Deus não as fará por nós. A autodisciplina e a perseverança são ingredientes essenciais nessa busca.
É necessário fixar o olhar em Jesus como revelado nas Escrituras e desejar ser parecido com ele. Então o Espírito Santo efetuará as mudanças em nossa vida.

II) ACEITANDO AS CORREÇÕES DA VIDA
Algumas experiências da vida podem nos ajudar a acelerar o processo de maturidade, porém nossa atitude determinará se as correções de Deus são desgraças ou bênçãos. É aí que ficará evidente a presença ou ausência de amadurecimento espiritual. Deus nos corrige para nosso proveito (Hebreus 12:10).

III) PORTANDO-SE CORRETAMENTE DIANTE DAS TENTAÇÕES
Somos provados tanto por Deus, quanto por Satanás; enquanto Satanás tenta o homem buscando um ponto fraco para as investidas do mal, Deus testa o homem visando o seu aperfeiçoamento. Satanás tenta e seduz o homem a pecar; Deus testa o seu discípulo para produzir o bom caráter. Devemos ter uma atitude carreta diante da provação (Tiago 1:2-4), pois Deus usa até as tentações que vêm de Satanás para produzir um caráter forte e maduro.
Satanás escolhe a ocasião para cada caso com uma habilidade infernal, para que haja o maior impacto possível. Daí a importância de estarmos sempre atentos e vigilantes (I Pedro 5:8).

IV) CULTIVANDO HÁBITOS CORRETOS
Depois da conversão não somos mais uma personalidade sem regeneração, agora somos habitação do Espírito Santo, cujo maior desejo é o de nos tomar iguais a Cristo; para isso, Deus nos fornece o impulso e o poder (Filipenses 2:13).
Em nosso desenvolvimento cristão, nenhum hábito é mais importante e informativo do que manter uma vida devocional consistente, através da oração e da leitura bíblica diária. Também é importante desenvolver o hábito do testemunho cristão, não apenas através de palavras, mas também através de uma vida exemplar diante da igreja e da sociedade.
Além disso, a maturidade cristã está diretamente relacionada à nossa atitude de fidelidade à igreja, contribuindo para a sua edificação e servindo aos irmãos.


32. FRUTIFICAÇÃO CRISTÃ
O Senhor Jesus Cristo apresentou a ilustração da figueira estéril (Lucas 13:6-7) para mostrar o que acontece às vidas estéreis que porventura houver em sua igreja. Da mesma forma como o homem plantou uma figueira em sua vinha, esperando obter frutos, assim o Senhor plantou a nossa vida em sua igreja, também para darmos frutos.
Há uma verdade que precisamos aprender a perceber: ávida de uma boa parte dos cristãos é inútil, tanto para Deus como para os homens. A igreja está cheia de vidas estéreis que nada produzem para o reino de Deus, embora não pratiquem muitos atos errados, nem se entreguem a pecados que as atormentem. A grande tragédia de muitos cristãos é que sua vida é estéril. Não fazem nada de errado, mas também não fazem nada de bom; não promovem problemas, mas também não contribuem efetivamente.
Existem duas maneiras de se acabar com a obra de Deus: uma é fazer oposição a ela e a outra é ignorá-la. O Senhor Jesus deseja ver algum fruto em nossa vida. Ele quer que cresçamos na graça e no conhecimento da Palavra de Deus; que sejamos frutíferos no serviço cristão.

I) FOMOS SALVOS PARA SERVIR
1. O PLANO DE DEUS É QUE TODOS DEEM FRUTOS
Ele tem planos definidos para que cada pessoa salva frutifique, ganhando outros, pois esse é o objetivo para o qual Ele nos escolheu e nos enviou (Mateus 4:19; João 20:21). Fomos plantados em condições favoráveis, gozamos das bênçãos de Deus, tonos liberdade para adorar a Deus, etc. e isso aumenta a nossa obrigação de servir aos outros (Atos 1:8; Efésios 6:18; II Coríntios 9:6-8).

2. O NOSSO DEVER É CUMPRIR O OBJETIVO PARA O QUAL FOMOS PLANTADOS.
A maior tristeza da vida cristã é que ainda não aprendemos que não podemos viver para nós mesmos, mas para Cristo (II Coríntios 5:15). Um dos piores pecados que nos afeta hoje é essa inutilidade moral e espiritual e uma atitude complacente de muitos cristãos, embora sejam pessoas decentes e capazes.

II) AS CARACTERÍSTICAS DE UMA VIDA INFRUTÍFERA
1. SE ALIMENTA, MAS NÃO RETRIBUI
É o retrato de muitos que se supõem filhos de Deus e que não estão fazendo nada para contribuírem para a causa de Cristo, acham que são correios e de boa conduta moral, porém não dão nenhum fruto.

2. EXIGE MAIS ATENÇÃO AO QUE A PESSOA FRUTÍFERA.
São pessoas que exigem mais atenção e bajulação. São os que apontam erros na igreja, que se ofendem com maior facilidade, que se justificam a si mesmos e criticam os irmãos. É um opositor da pregação da Palavra de Deus.
A consequência certa da ausência de frutos numa vida é o corte dessa vida. O Senhor decretou o extermínio da árvore infrutífera. Deus está fazendo o possível, com toda a longanimidade, para que a pessoa tenha o que há de melhor. Ele quer que a pessoa se arrependa, não apenas dos pecados, mas também da vida inútil que leva. Ele quer que todos nós sejamos frutíferos (João 15:16).


33. TORNANDO SE UM DISCIPULADOR
Você tornar-se um discipulador, alguém que vai gerar a vida de Deus em outra pessoa que se tornará seu Discípulo e você fará o mesmo por ele que o seu Discipulador fez por você.

33.1. O MANDAMENTO “FAZEI DISCÍPULOS” (Mateus 26:19-20)
Depois que recebemos Jesus como Senhor da nossa vida, temos a tarefa e a responsabilidade de fazer discípulos. Na lição anterior terminamos de lhe ensinar como conduzir uma pessoa a Cristo. Talvez você pense que depois que a pessoa repetiu a oração, a sua tarefa está concluída e você já cumpriu o mandamento de fazer discípulos, mas não é verdade. Ainda resta outra parte do mandamento, “Ensinando a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. O que fazer, então, depois que você ganha alguém para Jesus? Assim como uma boa mãe cuida e protege seu novo Bebê, você também deve se responsabilizar e cuidar do Bebê espiritual que você acabou de gerar. Primeiro comece integrando-o na célula, e depois certifique-se de que ele (a) vai receber todos os cuidados necessários para crescer se tornar um servo de Jesus saudável e maduro na fé.
Para que o novo decidido cresça até se tornar um forte servo de Jesus, você precisa ser seu discipulador (ou providenciar um bom discipulador, caso seja uma pessoa do sexo oposto) para acompanhá-lo. Assim, você estará glorificando a Deus e sendo responsável para com aqueles que o Senhor confiou em suas mãos.
Na Grande Comissão, Jesus não nos mandou fazer convertidos, mais sim “fazer discípulos”, “ensinando-os”, e isto inclui muito mais que a conversão. O cristão normal sempre faz discípulos. É importante que você esteja discipulando pelo menos uma ou mais pessoas. Isso não é somente um dever sagrado para cada cristão, mais um imenso privilégio.

33.2. O QUE É UM DISCÍPULO?
A palavra discípulo significa: “seguidor”, “praticamente dos ensinos do mestre”, “aluno”, “submisso”. Partindo desta definição, podemos afirmar que: Discípulo de Jesus é alguém que crê em tudo que Jesus disse e faz tudo o que Jesus manda. Há alguns termos que comumente são usados nas igrejas para identificar um discípulo de Jesus, mas esses termos definem somente um aspecto da vida de um discípulo.
Por exemplo:
a) Salvo: Alguém que foi liberto da condenação do inferno e do pecado e do diabo.
b) Convertido: Alguém que passou por processo de transformação de mente e de valores.
c) Crente: Alguém que crê em alguma coisa ou em alguém.
d) Evangélico: Alguém que faz parte de uma das igrejas evangélicas.
Nenhum destes termos está errado, mas a palavra “discípulo” é mais abrangente e define tanto uma posição como uma condição. Foi o termo que Jesus, os apóstolos e os primeiros cristãos usaram.
A palavra discípulo é mencionada 260 vezes no novo testamento, enquanto a palavra crente aparece apenas 15 vezes, e a palavra evangélico nunca foi usada.
Ser um discípulo de Jesus implica em ser muito mais do que somente um convertido numa igreja evangélica e que agora crê que é salvo. Ser discípulo de Jesus implica em fazer outros discípulos.

33.3. O QUE SIGNIFICA FAZER DISCÍPULOS OU DISCIPULAR?
Discipulado é a caminhada sistemática de duas pessoas do mesmo sexo, estabelecida através de um vínculo de amizade, próxima, forte, natural e frequente, visando o seguinte:
a) Transferência de vida - Modelar, ser exemplo, demonstrar pela prática;
b) Transferência de conhecimento – ensinar os mandamentos e a vontade de Jesus para a vida do discípulo;
c) Prestação de contas e acompanhamento sadio e amoroso das decisões e estilo de vida do discípulo;
d) Treinamento - Treinar o novo convertido para exercer o chamado de fazer discípulos.

33.4. O QUE NÃO É DISCIPULADO
Discipulado não é manter o controle sobre a vida das pessoas. Como discipulador você deve entender que não somos chefes e nem donos dos nossos discípulos.
Nossa responsabilidade não é manipular, manter as pessoas na rédea, controlando até a cor do sapato que ele vai comprar, mas somente cuidar e orientar na vida espiritual.
O seu alvo principal não é levar o seu discípulo a se tornar parecido com você (por exemplo: torcer pelo mesmo time, gostar dos mesmos filmes, falar como você fala, orar como você ora, ter as mesmas experiências que você teve), mas se tornar parecido com Jesus. Não devemos nos reproduzir na pessoa, devemos reproduzir o caráter de Jesus. Jesus não nos mandou fazer nossos discípulos, mas discípulos dele e para Ele.
Nossos discípulos devem continuar sendo quem são com sua própria personalidade.
Suas preferências, gostos, e opiniões devem ser respeitadas, quando as mesmas não são contrarias a Palavra de Deus ou não são pecaminosas. No entanto, é natural que com a convivência o discípulo comece a se tornar parecido com seu discipulador, até muitas vezes nos vários aspectos mencionados acima. Isso não é necessariamente errado, especialmente quando acontece de uma forma muito natural e quando a sua vida esteja realmente refletindo Jesus mais e mais.

33.5. FAZER DISCÍPULOS É O “NEGÓCIO DA NOSSA IGREJA
Na realidade, fazer discípulos é o verdadeiro “negócio” da nossa igreja, e todo verdadeiro cristão deve estar envolvido com essa tarefa. Aliás, uma pessoa que não está fazendo discípulo nem é um cristão normal.
Sem duvida, você deve crescer até ao ponto de ser um discipulador, porque assim como você está sendo discipulado e estamos investindo tempo em sua vida, você deve fazer o mesmo com outros. Não tenha medo de encarar esse novo desafio, pois á medida que você vai acompanhando o novo servo de Jesus, o próprio Jesus vai lhe ensinando como você deve fazer.

33.6. VOCÊ JÁ PODE COMEÇAR LOGO
Não é preciso você esperar até chegarmos ao fim deste livro para começar a discipular um novo convertido. Você já pode conversar com o líder da sua célula para saber se tem alguém da sua célula com quem você já pode iniciar o discipulado. Se você ainda não é um discipulador, e o seu líder ainda não lhe contatou para isso, procure-o e pergunte a ele o que você deve fazer para se tornar um discipulador.

33.7. COMO COMEÇAR A DISCIPULAR
Depois que você recebeu permissão do seu líder para começar a discipular, você deve adquirir imediatamente o material para o discipulado. Nesse manual você receberá algumas instruções importantes que lhe ajudarão a manusear bem o material e a ser um bom discipulador. O segredo principal é confiar na capacitação que o Espírito Santo lhe dará, e fazer do mesmo jeito como estamos fazendo com você. Nestes encontros semanais você pode receber mais orientações e tirar suas duvidas. Depois procure o novo convertido para conversarem sobre o assunto. Não force o novo convertido a começar o discipulado. Porém, motive-o; “ponha sal na sua boca”, produza interesse, faça uma boa propaganda do material. Explique os benefícios que o discipulado trará na vida dele e como serão muito gostosos e edificantes esses encontros.
Dê para ele o livro do aluno e peça para ele estudar a primeira lição e responder ás perguntas para o seu primeiro encontro.

33.8. SER DISCIPULADOR É SER MODELO
O propósito do discipulado é ajudar o novo convertido a entender verdades fundamentais para a sua nova vida. O discipulado também vai ajudá-lo no processo de transformação da sua alma, bem como na mudança de hábitos e tendências erradas, e na edificação de novos valores na vida. Além do Espírito Santo, você também será uma grande influencia na vida desse novo irmão (a). É normal as pessoas mudarem mais rápido quando elas têm um modelo a ser seguido. Como discipulador você servirá de modelo para o seu discípulo. Não se preocupe com o fato de você não ser perfeito em todas as suas ações, pois ninguém ainda é. Você não precisa fingir que é o que não é. Aliás, o Espírito Santo muitas vezes vai usar sua transparência e honestidade para encorajar o seu discípulo a continuar seguindo Jesus. O mais importante é você andar na luz que você já tem, e Deus lhe usará.
Sem dúvida, esta experiência de se encontrar semanalmente com seu discípulo vai lhe beneficiar também, pois á medida que você ajuda alguém a crescer na fé você também crescerá junto.

33.9. TORNANDO-SE UM MEMBRO RESPONSÁVEL DA FAMILIA
Quando nascemos de novo, nascemos na família de Deus. Nosso alvo agora é crescer, não somente no conhecimento da Palavra e das coisas pertinentes ao reino de Deus, mais também no compromisso e na responsabilidade com minha família espiritual.
Não podemos continuar sendo meros membros frequentadores da igreja como alguns talvez gostariam de ser. Você não pode fazer parte do grupo de pessoas que apesar de virem à igreja, ainda dizem “a igreja deles”. Você deve ser do “time” das pessoas que falam “a minha igreja”.
Você com certeza não quer permanecer uma criancinha para sempre (sempre demandando atenção e cuidados especiais). O normal e óbvio: é que cresçamos e comecemos a assumir algumas responsabilidades. Isso não só é saudável como é natural. Começar ajudar a cuidar do seu novo irmãozinho na fé é a melhor maneira para chegar a ser um membro responsável que já faz de você um membro responsável da família. É claro, não é só ganhar alguém para cristo e discípulá-lo que já faz de você um membro responsável da família, mas já é o começo, logo você chegará lá.


PARABÉNS!