21. A DOUTRINA
BÍBLICA
|
Doutrina significa “ensino” ou “instrução”. A doutrina cristã é constituída de todas as verdades
fundamentais da Bíblia, sistematizadas, que traz o conhecimento de Deus e das
suas relações para com os homens.
A mensagem de Deus
ao cristão é para que ele conheça bem a sua doutrina para maneja-la bem (II Timóteo 2:15). Doutrina não é mesmo
que dogma. A doutrina apresenta a verdade divina, da maneira como ela se
encontra nas Escrituras Sagradas, dogma é a maneira como o homem apresenta, em
um credo, aspectos dessa mesma verdade.
21.1
- CONCEITO DE DOUTRINA
É o conteúdo de um ensino ou de uma
crença. A doutrina pode ser divina (Mateus
7:28), humana (Tito 1:4) ou
demoníaca (I Timóteo 4:1). A
doutrina divina é a bíblica, ortodoxa e sadia; a humana e a demoníaca são
heréticas, que levam o homem à condenação e à perdição.
A doutrina bíblica responde às
perguntas sobre o Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo), sobre a natureza
humana, sobre a vontade de Deus e sobre o nosso destino eterno.
21.2
- ASPECTOS DA DOUTRINA BÍBLICA
Ela supre a necessidade de uma
opinião final e convincente sobre os problemas da existência humana.
Ela é importante para que o homem
possa desenvolver o seu caráter cristão. Sem o conhecimento da verdade bíblica
não há como o homem ter uma plena experiência cristã.
21.3
- A UTILIDADE DA DOUTRINA BÍBLICA
São as doutrinas bíblicas que
expurgam as falsas idéias acerca de Deus e de seu caminhos, abrindo os olhos
dos homens para as verdades de Deus (Mateus
22:29; II Timóteo 4:2-4).
As doutrinas bíblicas equipam
adequadamente a pessoa que ensina a Palavra de Deus, dando-lhe segurança e
habilidade no falar acerca das coisas eternas.
21.4
- A FONTE DA DOUTRINA BÍBLICA
As Sagradas Escrituras contêm a
verdade divina, fazendo o homem “sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (II Timóteo 3:15).
As Escrituras constituem a revelação
escrita da verdade divina, uma revelação pessoal do próprio Deus. Elas foram
inspiradas divinamente, pelo Espírito Santo, o que torna a doutrina cristã
única, viva e completa (II Timóteo 3:16;
II Pedro 1:21).
22. A VOLTA DE JESUS
|
Por mais de
trezentas vezes, o Novo Testamento refere-se à segunda vinda de Cristo. Porém,
o tempo dessa volta é um assunto que compete exclusivamente a Deus, como o
Senhor advertiu aos seus discípulos (Marcos
13:32-33).
É tão certa a segunda
vinda de Cristo quanto foi a primeira. Todas as profecias bíblicas a respeito
do nascimento e ressurreição do Senhor se cumpriram. Não há razão para se
duvidar do cumprimento das referências proféticas sobre a segunda vinda (João 14:3; Apocalipse 22:20).
22.1
- COMO JESUS VOLTARÁ
· Pessoalmente (João 14:3).
· De forma inesperada
(Mateus 24:32-51).
· De maneira visível (Atos 1:11).
22.2
- PORQUE JESUS VOLTARÁ
Para receber os seus para si e
ter-nos para sempre com Ele, realizando seu desejo (João 14:1-6).
Para julgar e recompensar os crentes
pela utilização dos talentos que receberão (Mateus
25:14-30). Não sermos julgados com respeito aos pecados, pois estes já
foram julgados e abolidos no Calvário (Isaías
53:5-6). Nosso julgamento será pela atuação no Reino de Deus.
22.3
- O ARREBATAMENTO DA IGREJA
O apóstolo Paulo tinha a verdadeira
esperança na ressurreição dos santos por ocasião da segunda vinda de Cristo (I Tessalonicenses 4:16).
A Bíblia diz que a igreja será
arrebatada, sem aviso prévio. Jesus levará os que se acharem preparados para
sua vinda (I Tessalonicenses 4:16-18; II
Tessalonicenses 2:1).
Em Mateus 24: 30,31, encontramos os anjos a recolher os eleitos, logo
após ser proferida a lamentação por todas as nações.
22.4
- A GRANDE TRIBULAÇÃO
Após o arrebatamento da Igreja,
haverá um tempo terrível de tribulação e angústia predito pelos profetas do
Antigo Testamento. Daniel refere-se a uma tribulação jamais dantes
experimentada (Daniel 12: 1). Em Mateus 24:21-29 é descrita como a
Grande Tribulação. Ela durará sete anos, conforme dizem os estudiosos e serão
dias de muita tribulação sobre a terra.
Nesse tempo surgirá
um líder terreno, o arqui-inimigo do Senhor Jesus Cristo, o Anticristo, cujo
destino será um rápido julgamento por parte do Senhor Jesus Cristo que
triunfará sobre ele (Apocalipse
19:11-21).
23. ANDANDO NO
ESPÍRITO
|
A Bíblia nos exorta
a andarmos no espírito para que não sejamos dominados pela concupiscência da
carne (Gálatas 5:26). Todo homem é
espírito, alma e corpo (I Tessalonicenses
5:23). E precisamos cuidar desse trio com muito zelo.
O nosso espírito
foi regenerado pelo novo nascimento. “E assim se alguém está em Cristo, as
coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo.” II Coríntios 5:17.
Como novas
criaturas, recebemos um novo coração e uma nova natureza, a medida que
desenvolvemos a nossa salvação vamos amadurecendo na fé e passamos a produzir
frutos dignos de arrependimento.
Precisamos aprender
como sermos guiados pelo Espírito Santo e aprendermos d'Ele em todas as nossas
necessidades. A vida no Espírito implica em três coisas: andar por fé, andar
pela cruz e andar no sobrenatural. Vejamos:
I)
ANDANDO POR FÉ
Fé pressupõe
dependência de Deus. Ter fé é descansar no Senhor (Hebreus 4:3), é não andar de acordo com as circunstâncias (II Coríntios 5:7). Isso é
característica do homem carnal. No entanto, devemos ter um olhar e um falar
profético para não sermos enganados pelo inimigo de nossas almas. Quando
proclamamos a Palavra de Deus, a qual é viva e eficaz, nos tornamos mais que vencedores.
Por isso é importante confessar constantemente o que Deus é, o que somos, o que
temos e o que pretendemos fazer. Que longe de nós esteja o pecado da
incredulidade, o qual gera dúvida e derrota como aconteceu com os nossos pais
Adão e Eva.
II)
ANDANDO PELA CRUZ
O Senhor Jesus
propôs aos seus discípulos um padrão de vida que exige renúncias, do ego, da
vontade carnal. Tomar a cruz significa fazer a vontade de Deus, deixar Ele no
controle do nosso ser para que possamos dizer como Paulo: “Não vivo eu, mas
Cristo vive em mim”
· A cruz é o lugar
onde vencemos o diabo, onde a vitória é definitiva.
· Antes de
conhecermos a Jesus reinava o EGOCENTRISMO (Eu no centro).
· Agora que Ele nos
dirige reina o TEOCENTRISMO (Deus no centro).
III)
ANDANDO NO SOBRENATURAL
Para se andar no
Espírito precisamos andar no nível sobrenatural em disciplina do corpo e da
mente para que façamos a vontade do Espírito. O nosso espírito foi regenerado
no momento da conversão, a nossa alma está sendo transformada até chegarmos à
estatura de varão perfeito. Por isso não devemos nos conformar com este século
mais sim devemos transformá-lo pela renovação da nossa mente (Romanos 12:2), e deixar que todo e
qualquer pensamento seja guiado pelo Senhor, já que somos o Templo de Espírito
Santo, e Ele habita em nós (I Coríntios
6:19). Precisamos rebater tudo que vier de encontro à Palavra de Deus.
Existem formas
extraordinárias pelas quais Deus nos guia, como: a Sua Palavra, a Sua voz
audível, sonhos, profecias, o conselho de irmãos, anjos, etc.
No entanto, é
necessário confirmar a direção do Espírito em nossa vida. Dentre elas podemos
destacar a convicção interior (Provérbios
20:27), a Palavra de Deus escrita, a paz de Deus (Colossenses 3:15), a busca por um aconselhamento maduro (Provérbios 15:22), as circunstâncias e
a providência divina, além da confirmação profética (I Coríntios 14:3).
24. OS PERIGOS DE UMA IGREJA DIVIDIDA
|
A igreja de
Coríntios era uma Igreja cheia de dons espirituais, mas apesar de qualificada
nesta área era deficiente em unidade e relacionamento por causa das dissensões
dentro dela. O apóstolo Paulo adverte sobre este grave problema e alerta sobre
os seus perigos. Vamos aprender com essa experiência os perigos de uma Igreja
Dividida. O texto encontra-se em
I Coríntios 3:1-9.
1° -
AS DIVISÕES SÃO PROVAS DA FALTA DE ESPIRITUALIDADE
(v. 1,2) “...E eu,
irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a
meninos em Cristo”.
Os Cristãos
espirituais e os carnais são ambos crentes, mas de inclinações opostas.
TIPOS DE CRENTES:
·
Crentes
carnais - São crentes controlados pela carne.
·
Crentes
espirituais - São crentes experientes e maduros.
· Crentes crianças em
Cristo - São Crentes imaturos, sem espiritualidade, embora se julguem altamente
espirituais.
2° -
AS DIVISÕES ALTERAM NOSSA DIETA ESPIRITUAL
(v.2) “Leite vos
dei de beber, não vos dei alimento sólido; por que ainda não podeis suporta-lo.
Nem ainda agora podeis, por que ainda sois carnais”.
Paulo gostaria de ter-lhes escrito
uma mensagem mais madura, mas por causa da carnalidade da igreja, isso se
tornou impossível.
O crescimento de um cristão avança
na medida em que ele elimina as atitudes carnais, ou seja, ao cultivar uma vida
de comunhão com Deus.
Os crentes de Corinto não tinham
tido nenhum progresso espiritual. A prova disso eram as disputas internas que a
igreja tinha se envolvido.
3° -
AS DIVISÕES SÃO RESULTADOS EXTERIORES DA INVEJA
(v.3) “Por quanto,
havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais
segundo o homem?”
A divisão sempre tem sua origem na
inveja. A Inveja é uma insatisfação com o sucesso alheio.
A inveja é uma marca muito clara de
um cristão carnal que não conhece os valores do Reino de Deus.
Os crentes de Corinto agiam como
pagãos que ainda não conheciam a Deus.
4° -
AS DIVISÕES ACONTECEM QUANDO TRANSFORMAMOS HUMANOS EM HERÓIS.
(v.4) “Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu
de Apoio; porventura não sois carnais?”
Quando temos heróis dentro da Igreja
corremos o risco de nos tornarmos cúmplices das obras do diabo. Pois este
sentimento errado para com um irmão vai nos levar a uma total cegueira a ponto
de não enxergarmos os erros daqueles que adotamos como nossos heróis.
Quando temos heróis dentro da Igreja
perdemos a oportunidade de sermos amigos e irmãos de verdade.
A divisão de uma Igreja poderá
levá-la à perda da sua vida espiritual.
Mateus 12:25 “...Todo
reino dividido contra si mesmo ficará deserto e toda cidade ou casa dividida
contra si mesma NÃO SUBSISTIRÁ”
25. A UNIDADE DA
IGREJA
|
A unidade é fundamental
para que a obra de Deus avance de uma forma poderosa, por isso precisamos
conhecer algumas verdades que irão gerar unidade em nossa igreja. Verdades que
preservam a unidade da igreja:
1° -
DESPREZE A GLORIFICAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM
· Tanto Paulo como
Apoio eram apenas servos, que significa um ajudante do evangelho.
V.5 “...Quem é Apoio, e quem é Paulo? servos por meio
de quem crestes”.
· Os dotes
espirituais que cada cristão são dádivas de Deus.
· Neste caso, os
servos não têm nenhum motivo algum para se gloriarem, como também não tem
nenhum motivo os seus liderados os exaltarem aposição de heróis.
V.5 “...E isto conforme o Senhor concedeu a cada um”.
· Alguns crentes
imaturos tinham transformado erroneamente, Paulo e a Apoio em autênticos
objetos de fé. Eles eram apenas os instrumentos usados por Deus, pois quem
produz mudança no coração do homem é o Senhor.
V.5 “...Servos por meio de quem crestes”.
2°-
APRENDA A ENXERGAR O GRAU DA SUA IMPORTÂNCIA
V.6 “...Eu plantei, Apoio regou; mas o crescimento veio
de Deus”
· O Trabalho na
Igreja de Corinto começou com Paulo, mas Apoio também realizou um importante
trabalho.
· O plantio é
importante; o ato de regar também, mas não devemos esquecer que o crescimento e
a colheita só Deus pode fazer.
3°-
DIANTE DE DEUS TEMOS IGUAL IMPORTÂNCIA NO CORPO DE CRISTO
V.8 “...Ora o que planta e o que rega são um”
· A importância de
cada membro para o funcionamento do corpo de Cristo é vista por Deus de forma
igual. Diante de Deus no funcionamento do Corpo temos igual importância.
4°-
DIANTE DE DEUS TEMOS RECONHECIMENTO DIFERENTE DEPENDENDO DA NOSSA DEDICAÇÃO A
ELE
V. 8 “...E cada um receberá galardão, segundo o seu
próprio trabalho”.
· O galardão obtido
será uma conquista pessoal, devido à dedicação a Deus.
· O reconhecimento é
Deus quem faz.
· Paulo deixa claro
que todo o trabalho deve visar agradar a Deus e não aos homens.
5° -
TUDO É DE DEUS
· Observem a
existência de Paulo em afirma três vezes que tudo é Deus.
V.9 “...Somos cooperadores de Deus; lavoura r edifício
de Deus sois Vós”.
· Seu trabalho, encargo,
talento e espaço no corpo de Cristo, TUDO É DE DEUS.
· Você pode dizer
assim: "Pela Graça de Deus sou o que sou e pela graça de Deus faço o que
eu faço".
26. OS RESULTADOS DO
USO DOS DONS
|
Vejamos o texto de Lucas
6:38 “...Daí, e dar-se-vos-à; boa medida, recalcada, sacudida,
transbordante, generosamente vos darão; por que com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também”. Contém um princípio do reino de Deus. O reino de Deus
é regido através de princípios e o fluxo e refluxo do Espírito Santo é um
deles. O texto ensina que há um ciclo que não se interrompe a partir do seu
começo. Ao começar ele se encarrega de funcionar conforme estabelece o reino de
Deus. O que acontece quando usamos os dons que deus nos concede?
01 - ALEGRIA EXTRAORDINÁRIA - Deus nos projetou
para funcionarmos com os nossos dons. Quando fazemos, vivemos de modo vibrante,
vemos a obra de Deus sendo feita através de nós. É algo maravilhoso e é
fundamental para a nossa saúde espiritual.
02 - CRESCIMENTO ACELERADO - Deus nos projetou
para fazermos uso de nossos dons. Utilizar nossos dons para servir é o fator
essencial e indispensável para o crescimento espiritual, sem usarmos os nossos
dons iremos estagnar no processo de crescimento de nossa vida espiritual.
03 - VIDA PRODUTIVA - Os Cristãos podem se tornar um Mar
Morto, recebendo muitas bênçãos de Deus, mais sem escoar.
Quando colocamos os
nossos dons em ação as correntes da vida irão ressurgir e a igreja se livra do
risco de paralisação e estagnação.
EX: O Crente Esponja
- A única maneira de restaurar a capacidade de absorção da esponja será
espremendo-a.
Como cristão absorvemos ensinamentos,
instruções mais se não vazarmos chegará a um ponto que deixarmos de crescer.
Tornamo-nos saturados, reduzindo nossa capacidade de absorção.
Por mais mensagens que possamos ouvir e
bênçãos que possamos receber, chegará o ponto que não reteremos mais nada.
Esprema sua esponja para poder servir. Não ceda a tentação de reter sua vida
debaixo d'água. Libere-a! Há muito mais por vir.
04 - INTIMIDADE COM DEUS- Ao ingressar no
reino de Deus não vá para tribuna de honra, rume ao campo de disputa da
partida. É ali que reside a emoção.
05 - EVITA O DESPERDÍCIO - Dons escondidos
não amadurecem eles estragam. Todo o cristão que não se deixa usar na obra de
Deus vai pouco a pouco perdendo sua saúde espiritual, e isso pode levá-lo ao
afastamento total de Deus.
Se algum cristão se dispuser a ser usado
por Deus é bom saber DEUS É DIGNO DO
MELHOR DE NÓS. Aplique-se, não apenas tente. Mostre empenho. Deus merece o
melhor.
27. OS VÍRUS DA
PROSTITUIÇÃO ESPIRITUAL
|
A Bíblia compara a Igreja como uma
noiva, separada e pura, que será apresentada ao noivo que é Cristo. A Bíblia
também fala de uma Igreja que se tornou uma grande meretriz em Apocalipse 17:4, mostrando esta
terrível possibilidade de uma Igreja se tornar prostituta, por se contaminar
com os vírus da prostituição espiritual. Todos nós temos que ter cuidado para
não sermos contaminados com estes vírus que são devastadores na pureza da Igreja
e da nossa Vida Cristã.
Quais são estes vírus que precisamos
evitar o seu contágio?
Toda prostituta um dia foi uma
mulher virgem, e toda igreja que hoje é morna já queimou pelo poder do Espírito
Santo. Todo o crente morno já foi algum dia apaixonado por Jesus.
1 – IDOLATRIA
Ídolo nos fala de
algo que é colocado na frente de Deus. Idolatria é qualquer coisa que toma o
nosso coração. Mateus 6:24.
Idolatria não é só adorar imagens, é
colocar qualquer coisa no lugar de Deus, como namorado, trabalho, estudos,
etc...
Como eu sei se estou com este vírus
da Idolatria? Quando permito que qualquer coisa tome o lugar de Deus na minha
vida. Quando não acho tempo para Deus na minha agenda diária, isto é, não tenho
tempo para a leitura e estudo da Palavra, para a oração e intercessão, quando
não tenho disposição e iniciativa apara o evangelismo, etc.
2 - FALTA DE ALIANÇA
Prostituição fala
da falta de aliança. É quando se tem compromisso com mais de um, no mesmo
nível, ao mesmo tempo, isto é prostituição.
Você não pode ser um cristão sem
aliança, sem compromisso com sua Igreja local, com seu líder, com seu Pastor.
Se isso está acontecendo é um sinal da prostituição espiritual.
Você quer ter uma vida abençoada,
seja uma pessoa de aliança, de compromisso. Jeremias 48:10.
3 - FALTA DE SUBMISSÃO
Prostituta não se
submete a ninguém.
Uma característica da meretriz é o
desejo de não prestar conta com ninguém. Nem da hora de sair, nem da hora de
chegar, nem com quem esteve. Quem não tem compromisso com ninguém está com o
vírus.
Há cristãos que dizem: O meu
compromisso é só com Jesus, não tenho compromisso com homens. Quem não tem
compromissos com homens, nunca terá compromisso com Deus. I João 4:20b
4 - UMA RELAÇÃO COMERCIAL COM A IGREJA LOCAL
Quando o comércio
entra no nosso coração nos comportamos dentro da igreja como cliente, e olhamos
para a igreja como prestadora de serviço.
A pessoa que tem este vírus não está
disposta a servir para que sua igreja seja melhor, e sim está atrás do melhor
serviço para satisfazer a si próprio. Ele facilmente muda de Igreja. Pois não
há um espírito de servo no seu coração. Mateus
20:25,26,27
5 - APARÊNCIA SEM REALIDADE
Prostituta gosta de
pompa.
A Palavra de Deus diz em Apocalipse 17:4 que ela está adornada
como a noiva. Com uma diferença, a meretriz é aparência, seu interior é
imundície.
Há algumas pessoas dentro da igreja
que tem apenas aparência de espiritualidade. O Senhor Jesus nos chamou para
termos realidade, e não meramente aparência.
6 - INTIMIDADE QUE NÃO RESULTA EM FECUNDIDADE
Se a sua intimidade
é um fim em si mesmo, sem gerar filhos para Deus é uma intimidade estéril no
meio da igreja.
Onde estão os filhos que você gerou?
Ninguém casa só para ter intimidade, mas também para gerar filhos. E isso
começa a partir do desejo.
Os verdadeiros íntimos diante de
Deus geram filhos para Deus. Gálatas 4:19.
28. BATALHA
ESPIRITUAL
|
A luta espiritual
afeta todos os crentes e não apenas os missionários que trabalham em terras
dominadas pelo paganismo e trevas espirituais. O diabo existe mesmo e os
demónios são em grande número. Assim, todos os crentes - queiram ou não,
concordem ou não, tenham consciência disso ou não - acham-se engajados numa
guerra, numa luta de vida ou morte contra um inimigo feroz; tanto faz ser um
missionário, ou um ministro de música, ou um líder de células.
A Bíblia nos
adverte seriamente, para que estejamos sempre alertas (Efésios 6:10-18), nos fortalecendo, nos revestindo da armadura
espiritual, para podermos enfrentar os ataques que vêm, não de pessoas, mas de
seres invisíveis.
I) A
POSTURA DO CRENTE DIANTE DA BATALHA ESPIRITUAL.
1. RECONHECER QUE
ESTÁ NUMA GUERRA
A Bíblia ensina que
precisamos-estar alertas, vigilantes, mantendo os olhos sempre em Jesus, mas
atentos ao diabo. Não podemos ignorar os seus desígnios; devemos entender que
nossos inimigos são seres que pensam, conversam, escutam, observam e planejam
estratégias (II Coríntios 2:11; Efésios
6:11). É necessário identificar as estratégias do inimigo e a maneira como
ele age.
2. RESISTIR AO
DIABO E ELE FUGIRÁ
Deus não irá
resistir a ele por nós. Somos nós mesmos quem temos de fazer isso, rejeitando
as suas tentativas de levar-nos a nos sentir magoados ou irritados, não ligando
para as influências que ele tem arremessado contra nós. Ele pode tentar repetir
sua estratégia algumas vezes, mas se permanecermos convictos da eficácia da
obra de Cristo, a vitória certamente será nossa (Tiago 4:7; I Pedro 5:9).
3. TER UMA POSIÇÃO
EQUILIBRADA
Temos que evitar os
extremos, prejudiciais para a vida espiritual: não devemos nos tornar
“obcecados por demónios”, atribuindo tudo ao diabo; por outro lado, é preciso
admitir que o diabo está agindo e que ignorá-lo não anula sua atuação. É
preciso termos discernimento, estarmos cientes das coisas que o diabo faz, mas
sem nos deixarmos influenciar por sua atividade. É bom estarmos cientes das
ações de Satanás, mas passemos mais tempo estudando a Palavra de Deus e
conhecendo o Seu poder.
II) O
EXERCÍCIO DA AUTORIDADE NA BATALHA ESPIRITUAL
Quando Deus criou o
homem, deu-lhe o livre arbítrio, bem como autoridade sobre o planeta Terra (Salmo 115:16), e o poder de decisão. Se
pecarmos, permitimos o inimigo agir; se, com autoridade, exercitarmos nosso
livre arbítrio, podemos expulsar o inimigo. Adão desobedeceu e perdeu sua
autoridade. Jesus veio ao mundo e a retomou (Colossenses 2:15; Isaías 61:1). Deus quer formar um exército,
mobilizar pessoas que sabem que possuem autoridade espiritual e que a
exercitem. É necessário que os crentes se empenhem nessa guerra, tanto
defensiva quanto ofensivamente, colocando-se nas brechas em favor das
instituições, derrotando os principados, derrubando as fortalezas e expulsando
as trevas, agindo de forma bem específica e definida, lutando com oração e
buscando o poder do Espírito Santo, para que haja transformações na família, na
sociedade e na nação.
Deus nos fornece as
armas e a armadura, o que significa que estamos preparados tanto para atacar
como para nos defender. Cristo é nossa armadura, nossa justiça, salvação e
verdade (II Coríntios 10:4; I Coríntios
1:30).
III)
GUERRA DEFENSIVA.
A luta defensiva se
trava individualmente (Efésios 6:13).
Devemos defender nosso compromisso com Cristo dos ataques, mentiras, tentações
e seduções que o inimigo atira contra nós. Há três áreas que devem ser
protegidas:
1. A MENTE
O diabo gosta de
colocar certas ideias em nossa mente. Qualquer um de nós pode estar lutando com
pensamentos que comprometam sua vida cristã. Se tais pensamentos estiverem
relacionados com orgulho, incredulidade, lascívia, depressão ou condenação,
precisam ser expulsos de nossa vida. Entreguemos nossa mente a Deus, pondo-a em
harmonia com a Palavra (II Coríntios
10:3-5).
2. O CORAÇÃO
(ATITUDES E EMOÇÕES)
O diabo só pode
atuar no mundo por intermédio do pecado e do egoísmo. A Bíblia nos adverte que,
para não dar lugar ao diabo, devemos resolver o problema das atitudes erradas
(arrogância, rebeldia, rancor, contendas) em nossa vida, no casamento, na
igreja, na nação e, regularmente, corrigirmos tais atitudes (Efésios 4:26-27; Provérbios 4:23).
3. A LÍNGUA
O diabo sabe que
ela possui um enorme poder, podendo ser usada tanto para o bem como para o mal
(Tiago 3:10). O inimigo gosta de
levar-nos a expressar incredulidade, difamar outros, passar mexericos, falar
sarcasticamente. Cuidemos do nosso falar (Salmo
37:30).
IV)
GUERRA OFENSIVA
A guerra ofensiva
tem por alvo o mundo que nos cerca, a fim de ganharmos mais terreno para o
reino de Deus. Não podemos entrar nessa batalha só para nos defender; é preciso
partir para o ataque contra as portas do inferno (Mateus 16:18), usando as estratégias da oração e adoração para
derrubar tais portas (Efésios 6:12).
1. OS DOMINADORES
DESTE MUNDO
O inimigo procura
ocupar as posições de autoridade, atacando as estruturas organizacionais e as
instituições, para tentar governar a terra. A autoridade é uma forma de
proteção para a organização. A maneira como a liderança é exercida e como o
subalterno se submete a seu superior, determina a vitória na batalha espiritual
(Romanos 13:1-3; Tito 3:1).
2. PRINCIPADOS
Biblicamente, são
territórios governados por um príncipe, designando a organização das hostes de
Satanás em termos geográficos. Precisamos conhecer as áreas de atuação do
diabo, nos opondo a ele e usando a autoridade dada por Cristo para derrubar
tais domínios, orando pelos grupos humanos e pregando-lhes o evangelho.
3. POTESTADES
Quanto mais
pecarmos, maior será o domínio do inimigo sobre nós. Esse domínio varia com o
tipo de mal que é praticado. Deus pode revelar-nos qual é a potestade dominante
em cada situação. Então podemos repreendê-los em nome de Jesus e adotar uma
atitude oposta à influência delas.
4. DOMINADORES DO
MUNDO TENEBROSO
Uma das principais
táticas de Satanás é manter a mente do homem em trevas, através do ateísmo, das
heresias, seitas, etc. Devemos viver a verdade e pregar o evangelho. Não
podemos dissociar a batalha espiritual da obra de evangelismo; é preciso
acender a luz para acabar com as trevas (Mateus
4:16,17).
29. INTEGRAÇÃO
CRISTÃ
|
O companheirismo
cristão que se pode desfrutar nas células e em outros grupos, embora seja muito
valioso, de maneira alguma substitui a igreja. O melhor modo de entendermos a
necessidade de nos integrarmos a igreja é entendendo o sentido da existência da
igreja. Na Bíblia, a palavra igreja refere-se a todo o grupo de salvos do
mundo, bem como a determinado grupo local de cristãos. Muitas vezes ela é
chamada de o Corpo de Cristo, significando que todos os cristãos, desde o
momento em que recebem a Cristo, são partes do corpo espiritual de Cristo (I Coríntios 12:12-27).
I) A
NECESSIDADE DA IGREJA
1. ESTABELECE UMA
ORGANIZAÇÃO DOS CRISTÃOS.
Nosso Deus prima
pela ordem (I Coríntios 14:33) e não
é da sua vontade que haja confusões entre os cristãos. Além disso, ela também
fornece orientações para os cristãos em geral e intensifica o seu crescimento.
2. FORNECE COMUNHÃO
AOS CRISTÃOS
A comunhão dos
cristãos entre si é uma ordem de Deus (Hebreus
10:25). É extremamente importante que o discípulo goze de uma boa comunhão
com os outros. A igreja nos oferece esta oportunidade. Num ambiente de
comunhão, os cristãos se confortam mutuamente (Romanos 1:12), cooperam uns com os outros (I Coríntios 12:14-27), e também partilham das alegrias e dos fardos
uns dos outros (Gálatas 6:2).
3. OFERECE
CONDIÇÕES PARA QUE O CRISTÃO SEJA DOUTRINADO
Uma boa igreja deve
treinar seus cristãos na doutrina, para que eles possam crescer na vida
espiritual e ajudar a outros. É importante que conheçamos as doutrinas da nossa
fé.
4. DÁ A
OPORTUNIDADE DE ADORARMOS A DEUS EM GRUPO
Deus deseja e exige
de nós um louvor constante em amor. Essa adoração pode ser individual ou
coletiva. O culto em grupo, com cânticos e louvor a Deus, tanto serve para
honrar o Senhor como contribui para o nosso crescimento espiritual.
5. DÁ A
OPORTUNIDADE DE TRABALHARMOS PARA O SENHOR
A igreja constitui
um local onde podemos exercitar os dons que Deus nos deu. Ali podemos
trabalhar, juntamente com os demais, na pregação do Evangelho ou em outros
projetos. Deus ordena que façamos obras que demonstrem a nossa fé.
II) A
INTEGRAÇÃO DO DISCÍPULO COM A IGREJA
O discípulo deve
participar da igreja por todas as razões que constituem a necessidade da igreja
e, principalmente, porque Deus nos ordena que a frequentemos (Hebreus 10:25). A integração do
discípulo a um grupo de cristãos evita que ele caia no erro de abraçar ideias
extremas, pois a vida dentro do grupo ajuda a atenuar essas tendências, bem
como, permite o contato com cristãos mais amadurecidos (Hebreus 5:14).
O discípulo precisa
não apenas integrar-se numa igreja, mas também na igreja adequada. Existem
muitos critérios que podem ajudá-lo nessa escolha. Dentre esses critérios,
destacamos: uma igreja que pregue a mensagem do evangelho e testemunhe uma
atmosfera de amor; que pregue a necessidade de uma decisão pessoal, para se receber
a Cristo como Senhor e Salvador; onde os membros demonstrem conhecer e viver a
nova vida em Cristo; e onde se dê ênfase ao trabalho de missões.
30. MURMURAÇÃO
|
Deus nos recomenda
a servir uns aos outros (I Pedro 4:10).
Muitas passagens bíblicas nos recomendam a alegria (Romanos 14:17; Filipenses 4:4). Porém, há muitos cristãos tristes,
raivosos, rabugentos, choramingosos, mal-agradecidos, caluniadores, que falam
mal dos outros, julgando e condenando seus atos. A discórdia entre os filhos de
Deus tem sido a melhor colheita de Satanás. O alvo maior de Satanás é
destruir-nos e, como ele não pode nos vencer, procura então nos aborrecer,
entristecer ou prejudicar. É no terreno das murmurações que nascem as ervas
danosas que envenenam os corações do povo de Deus (Obadias 15; I Pedro 2:1).
Muitos pastores e
obreiros gastam tempo tentando reconciliar irmãos brigados e aqueles que se
vêem envolvidos em discórdias, infâmias e facções. O diabo tem formado um time
de murmuradores que falam de tudo e de todos.
I) QUEM
SÃO OS MURMURADORES
Os murmuradores
estão a serviço de Satanás. São pessoas insatisfeitas e que não concordam com a
liderança colocada sobre elas. Reivindicam posições, criticam projetos e julgam
a obra realizada (Judas 16). São
pessoas descontentes, que procuram erros, investigando e julgando à revelia
seus irmãos e seus líderes. É quase impossível alguém conseguir ser feliz
quando tem um murmurador por perto, pois ele está sempre descontente com tudo e
com todos e acaba contaminando todo o ambiente. Agem detectando ou inventando
falhas nas pessoas. A murmuração é uma doença crónica e os murmuradores são uma
praga que acaba danificando a lavoura de Deus.
As principais
características dos murmuradores são: inveja, maldade, calúnia, hipocrisia,
vingança, incredulidade, ingratidão e orgulho.
Deus abomina a
murmuração, o criador de intrigas e o que espalha a maldade entre os irmãos,
criando um clima de desconfiança entre os mesmos (Provérbios 6:16.19). Deus não usa de misericórdia para com os
murmuradores. Todos eles morreram pela imprudência da murmuração - pelo mau uso
da língua (I Coríntios 10:9-10; Deuteronômio
1:26-27, 34-35).
II)
COMO SURGEM OS MURMURADORES
Ninguém nasce com o
dom de murmurar. Alguém se torna murmurador pela discórdia, que é uma manifestação
da carne (Gálatas 5:20) e é motivada
por inveja (uma antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que
não temos, mas queremos). A discórdia leva à desavença e esta promove a divisão
e um corpo dividido morre. Também surgem pela insatisfação, que promove a
fragmentação do Corpo de Cristo e emperra o desenvolvimento da obra de Deus. Os
insatisfeitos vivem migrando de igreja em igreja. São descontentes, não possuem
raízes, não são fiéis. Finalmente, pelo uso inadequado da língua (Salmo 34:13). Não podemos permitir que
a nossa língua corra adiante dos nossos pensamentos. O uso inadequado e
inoportuno da língua pode levar à guerra, pode gerar o confronto, pode criar
inimizades. Atentemos para Efésios 4:29.
A amargura conduz à
murmuração. É um dos sinais de afastamento de Deus, ou de quebra da comunhão
com Ele. O problema mais sério de uma pessoa amargurada é que ela ouve o que
não foi dito, vê o que não existe e pensa e entende tudo as avessas. Daí ser de
muita importância ouvir o que diz a Palavra em Efésios 4:31.
III)
CONSEQUÊNCIAS DA MURMURAÇÃO
1. INSENSIBILIDADE
ESPIRITUAL
São pessoas
desocupadas na igreja, irrequietas, que fazem de conta que estão envolvidas no
programa e a igreja faz de conta que acredita. Elas não se tocam, não se
emocionam, não acham graça em nada. Uma pessoa insensível à Palavra de Deus é
como uma árvore seca, desprovida de vida de frutos. É importante que o cristão
cultive amor pela obra de Deus (Salmo
122:1).
2. AFASTAMENTO DOS
TESOUROS DA GRAÇA
Toda atividade da
vida cristã depende da graça divina. Essa graça, entretanto, pode ser resistida
(Hebreus 12:15), recebida em vão (II Coríntios 6:1), apagada (I Tessalonicenses 5:19), anulada (Gálatas 2:21) ou abandonada pelo crente
(Gálatas 5:4). Uma pessoa está
perdendo a sua motivação espiritual quando começa a questionar a Deus, a sua
palavra e os seus líderes. Ou quando procura adequar a Bíblia ao seu jeito de
viver, afastando-se da graça de Deus. Quanto mais de Deus nos afastamos, mais
desequilibrados ficamos e mais murmuradores nos tornamos.
3. MORTE ESPIRITUAL
Começa quando
voluntariamente cedemos espaço ao pecado, ao mundo e a Satanás. Quando a
inveja, a crítica e a murmuração encontram guarida num coração, começam a
sufocá-lo e a matá-lo. Tome posição. Não morra. Viva. Seja o que Deus programou
para você.
4. ENFERMIDADES
Muitos, sem nenhum
temor de Deus, escancaram suas bocas e murmuram contra os representantes de
Deus. Míriã abriu a boca contra seu irmão Moisés e ficou leprosa (Números 12:1). Muitos ficam doentes por
falarem mal dos outros. Isso não quer dizer que toda doença é resultado de
murmurações. Se uma igreja local possui muitos departamentos e seus líderes
falam mal uns dos outros, nenhum deles prosperará (Gálatas 5:15).
5. SUSCITAÇÃO DA
IRA DE DEUS
A murmuração sempre
traz o juízo de Deus. O povo de Israel em várias ocasiões reclamou de Deus e
colheu pragas e morte. É preciso ter cuidado com as coisas que falamos e
fazemos como nos exorta a Bíblia (Tiago 4:11;
5:9).
IV) A
BÍBLIA E OS MURMURADORES.
A murmuração impede
o cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas (Números 14:26-38). Deus procura adoradores e não murmuradores.
A Bíblia é um
manual que nos instrui a viver com grandeza, sobriedade e equilíbrio. Na
Palavra de Deus temos instruções claras para o desenvolvimento do espírito, da
alma e do corpo. Há mandamentos claros sobre o que fazer e o que não fazer. As
bênçãos que vêm da obediência são gloriosas, mas as consequências da
desobediência são desastrosas.
A Bíblia é uma
bússola que nos mostra o caminho. É impossível, mental e socialmente,
escravizar um povo que lê a Bíblia. Ela é a revelação que renova o homem,
ilumina sua mente, inclina seus desejos para viver uma vida plena e vitoriosa.
31. MATURIDADE CRISTÃ
|
Discípulos que reflitam
a perfeita humanidade do Filho de Deus. Esse é o propósito de Deus para com
todos os seus escolhidos. Assim, o Senhor nos exorta a que “...prossigamos até
a perfeição...” (Hebreus 6:1).
A maturidade
espiritual, assim como a maturidade física, não ocorre do dia para a noite, mas
é um processo dinâmico que continua por toda a vida. É necessário, pois, que
busquemos o amadurecimento de vida cristã através de um cuidado devocional e de
atitudes que exprimam fé e segurança na Palavra de Deus.
I)
CULTIVANDO A MATURIDADE CRISTÃ
A busca da
maturidade envolve aplicação e disciplina. Há coisas que temos de fazer por nós
mesmos, pois Deus não as fará por nós. A autodisciplina e a perseverança são
ingredientes essenciais nessa busca.
É necessário fixar
o olhar em Jesus como revelado nas Escrituras e desejar ser parecido com ele.
Então o Espírito Santo efetuará as mudanças em nossa vida.
II)
ACEITANDO AS CORREÇÕES DA VIDA
Algumas
experiências da vida podem nos ajudar a acelerar o processo de maturidade,
porém nossa atitude determinará se as correções de Deus são desgraças ou
bênçãos. É aí que ficará evidente a presença ou ausência de amadurecimento
espiritual. Deus nos corrige para nosso proveito (Hebreus 12:10).
III)
PORTANDO-SE CORRETAMENTE DIANTE DAS TENTAÇÕES
Somos provados tanto
por Deus, quanto por Satanás; enquanto Satanás tenta o homem buscando um ponto
fraco para as investidas do mal, Deus testa o homem visando o seu
aperfeiçoamento. Satanás tenta e seduz o homem a pecar; Deus testa o seu
discípulo para produzir o bom caráter. Devemos ter uma atitude carreta diante
da provação (Tiago 1:2-4), pois Deus
usa até as tentações que vêm de Satanás para produzir um caráter forte e
maduro.
Satanás escolhe a
ocasião para cada caso com uma habilidade infernal, para que haja o maior impacto
possível. Daí a importância de estarmos sempre atentos e vigilantes (I Pedro 5:8).
IV)
CULTIVANDO HÁBITOS CORRETOS
Depois da conversão
não somos mais uma personalidade sem regeneração, agora somos habitação do
Espírito Santo, cujo maior desejo é o de nos tomar iguais a Cristo; para isso,
Deus nos fornece o impulso e o poder (Filipenses
2:13).
Em nosso
desenvolvimento cristão, nenhum hábito é mais importante e informativo do que
manter uma vida devocional consistente, através da oração e da leitura bíblica
diária. Também é importante desenvolver o hábito do testemunho cristão, não
apenas através de palavras, mas também através de uma vida exemplar diante da
igreja e da sociedade.
Além disso, a
maturidade cristã está diretamente relacionada à nossa atitude de fidelidade à
igreja, contribuindo para a sua edificação e servindo aos irmãos.
32. FRUTIFICAÇÃO
CRISTÃ
|
O Senhor Jesus
Cristo apresentou a ilustração da figueira estéril (Lucas 13:6-7) para mostrar o que acontece às vidas estéreis que
porventura houver em sua igreja. Da mesma forma como o homem plantou uma
figueira em sua vinha, esperando obter frutos, assim o Senhor plantou a nossa
vida em sua igreja, também para darmos frutos.
Há uma verdade que
precisamos aprender a perceber: ávida de uma boa parte dos cristãos é inútil,
tanto para Deus como para os homens. A igreja está cheia de vidas estéreis que
nada produzem para o reino de Deus, embora não pratiquem muitos atos errados,
nem se entreguem a pecados que as atormentem. A grande tragédia de muitos
cristãos é que sua vida é estéril. Não fazem nada de errado, mas também não
fazem nada de bom; não promovem problemas, mas também não contribuem
efetivamente.
Existem duas
maneiras de se acabar com a obra de Deus: uma é fazer oposição a ela e a outra
é ignorá-la. O Senhor Jesus deseja ver algum fruto em nossa vida. Ele quer que
cresçamos na graça e no conhecimento da Palavra de Deus; que sejamos frutíferos
no serviço cristão.
I)
FOMOS SALVOS PARA SERVIR
1. O PLANO DE DEUS
É QUE TODOS DEEM FRUTOS
Ele tem planos
definidos para que cada pessoa salva frutifique, ganhando outros, pois esse é o
objetivo para o qual Ele nos escolheu e nos enviou (Mateus 4:19; João 20:21). Fomos plantados em condições favoráveis,
gozamos das bênçãos de Deus, tonos liberdade para adorar a Deus, etc. e isso
aumenta a nossa obrigação de servir aos outros (Atos 1:8; Efésios 6:18; II Coríntios 9:6-8).
2. O NOSSO DEVER É
CUMPRIR O OBJETIVO PARA O QUAL FOMOS PLANTADOS.
A maior tristeza da
vida cristã é que ainda não aprendemos que não podemos viver para nós mesmos,
mas para Cristo (II Coríntios 5:15).
Um dos piores pecados que nos afeta hoje é essa inutilidade moral e espiritual
e uma atitude complacente de muitos cristãos, embora sejam pessoas decentes e
capazes.
II)
AS CARACTERÍSTICAS DE UMA VIDA INFRUTÍFERA
1. SE ALIMENTA, MAS
NÃO RETRIBUI
É o retrato de
muitos que se supõem filhos de Deus e que não estão fazendo nada para
contribuírem para a causa de Cristo, acham que são correios e de boa conduta
moral, porém não dão nenhum fruto.
2. EXIGE MAIS
ATENÇÃO AO QUE A PESSOA FRUTÍFERA.
São pessoas que
exigem mais atenção e bajulação. São os que apontam erros na igreja, que se
ofendem com maior facilidade, que se justificam a si mesmos e criticam os
irmãos. É um opositor da pregação da Palavra de Deus.
A consequência certa da ausência de frutos
numa vida é o corte dessa vida. O Senhor decretou o extermínio da árvore
infrutífera. Deus está fazendo o possível, com toda a longanimidade, para que a
pessoa tenha o que há de melhor. Ele quer que a pessoa se arrependa, não apenas
dos pecados, mas também da vida inútil que leva. Ele quer que todos nós sejamos
frutíferos (João 15:16).
33. TORNANDO SE UM DISCIPULADOR
|
Você tornar-se um
discipulador, alguém que vai gerar a vida de Deus em outra pessoa que se
tornará seu Discípulo e você fará o mesmo por ele que o seu Discipulador fez
por você.
33.1. O
MANDAMENTO “FAZEI DISCÍPULOS” (Mateus 26:19-20)
Depois que recebemos Jesus como Senhor da nossa
vida, temos a tarefa e a responsabilidade de fazer discípulos. Na lição
anterior terminamos de lhe ensinar como conduzir uma pessoa a Cristo. Talvez
você pense que depois que a pessoa repetiu a oração, a sua tarefa está
concluída e você já cumpriu o mandamento de fazer discípulos, mas não é
verdade. Ainda resta outra parte do mandamento, “Ensinando a guardar todas
as coisas que vos tenho ordenado”. O que fazer, então, depois que você
ganha alguém para Jesus? Assim como uma boa mãe cuida e protege seu novo Bebê,
você também deve se responsabilizar e cuidar do Bebê espiritual que você acabou
de gerar. Primeiro comece integrando-o na célula, e depois certifique-se de que
ele (a) vai receber todos os cuidados necessários para crescer se tornar um
servo de Jesus saudável e maduro na fé.
Para que o novo decidido cresça até se tornar um
forte servo de Jesus, você precisa ser seu discipulador (ou providenciar um bom
discipulador, caso seja uma pessoa do sexo oposto) para acompanhá-lo. Assim,
você estará glorificando a Deus e sendo responsável para com aqueles que o Senhor
confiou em suas mãos.
Na Grande Comissão, Jesus não nos mandou fazer
convertidos, mais sim “fazer discípulos”, “ensinando-os”, e isto inclui muito mais que a conversão. O cristão
normal sempre faz discípulos. É importante que você esteja discipulando pelo
menos uma ou mais pessoas. Isso não é somente um dever sagrado para cada
cristão, mais um imenso privilégio.
33.2. O QUE É UM DISCÍPULO?
A palavra discípulo significa: “seguidor”,
“praticamente dos ensinos do mestre”, “aluno”, “submisso”. Partindo desta
definição, podemos afirmar que: Discípulo de Jesus é alguém que crê em tudo que
Jesus disse e faz tudo o que Jesus manda. Há alguns termos que comumente são
usados nas igrejas para identificar um discípulo de Jesus, mas esses termos
definem somente um aspecto da vida de um discípulo.
Por exemplo:
a) Salvo: Alguém que foi liberto da
condenação do inferno e do pecado e do diabo.
b) Convertido: Alguém que passou por
processo de transformação de mente e de valores.
c) Crente: Alguém que crê em alguma coisa ou
em alguém.
d) Evangélico: Alguém que faz parte de uma
das igrejas evangélicas.
Nenhum destes termos está errado, mas a palavra “discípulo” é mais abrangente e define
tanto uma posição como uma condição. Foi o termo que Jesus, os apóstolos e os
primeiros cristãos usaram.
A palavra discípulo é mencionada 260 vezes
no novo testamento, enquanto a palavra crente aparece apenas 15 vezes, e
a palavra evangélico nunca foi usada.
Ser um discípulo de Jesus implica em ser muito mais
do que somente um convertido numa igreja evangélica e que agora crê que é
salvo. Ser discípulo de Jesus implica em fazer outros discípulos.
33.3. O QUE SIGNIFICA FAZER DISCÍPULOS OU
DISCIPULAR?
Discipulado é a caminhada sistemática de duas
pessoas do mesmo sexo, estabelecida através de um vínculo de amizade, próxima,
forte, natural e frequente, visando o seguinte:
a) Transferência de vida - Modelar, ser exemplo,
demonstrar pela prática;
b) Transferência de conhecimento – ensinar os
mandamentos e a vontade de Jesus para a vida do discípulo;
c) Prestação de contas e acompanhamento sadio e
amoroso das decisões e estilo de vida do discípulo;
d) Treinamento - Treinar o novo convertido para
exercer o chamado de fazer discípulos.
33.4. O QUE NÃO É DISCIPULADO
Discipulado não é manter o controle sobre a vida
das pessoas. Como discipulador você deve entender que não somos chefes e nem
donos dos nossos discípulos.
Nossa responsabilidade não é manipular, manter as
pessoas na rédea, controlando até a cor do sapato que ele vai comprar, mas
somente cuidar e orientar na vida espiritual.
O seu alvo principal não é levar o seu discípulo a
se tornar parecido com você (por exemplo: torcer pelo mesmo time, gostar dos
mesmos filmes, falar como você fala, orar como você ora, ter as mesmas
experiências que você teve), mas se tornar parecido com Jesus. Não
devemos nos reproduzir na pessoa, devemos reproduzir o caráter de Jesus. Jesus
não nos mandou fazer nossos discípulos, mas discípulos dele e para Ele.
Nossos discípulos devem continuar sendo quem são
com sua própria personalidade.
Suas preferências, gostos, e opiniões devem ser
respeitadas, quando as mesmas não são contrarias a Palavra de Deus ou não são
pecaminosas. No entanto, é natural que com a convivência o discípulo comece a
se tornar parecido com seu discipulador, até muitas vezes nos vários aspectos
mencionados acima. Isso não é necessariamente errado, especialmente quando
acontece de uma forma muito natural e quando a sua vida esteja realmente
refletindo Jesus mais e mais.
33.5. FAZER
DISCÍPULOS É O “NEGÓCIO DA NOSSA IGREJA”
Na realidade, fazer discípulos é o verdadeiro
“negócio” da nossa igreja, e todo verdadeiro cristão deve estar envolvido com
essa tarefa. Aliás, uma pessoa que não está fazendo discípulo nem é um cristão
normal.
Sem duvida, você deve crescer até ao ponto de ser
um discipulador, porque assim como você está sendo discipulado e estamos
investindo tempo em sua vida, você deve fazer o mesmo com outros. Não tenha
medo de encarar esse novo desafio, pois á medida que você vai acompanhando o novo
servo de Jesus, o próprio Jesus vai lhe ensinando como você deve fazer.
33.6. VOCÊ JÁ PODE COMEÇAR LOGO
Não é preciso você esperar até chegarmos ao fim
deste livro para começar a discipular um novo convertido. Você já pode
conversar com o líder da sua célula para saber se tem alguém da sua célula com
quem você já pode iniciar o discipulado. Se você ainda não é um discipulador, e
o seu líder ainda não lhe contatou para isso, procure-o e pergunte a ele o que
você deve fazer para se tornar um discipulador.
33.7. COMO COMEÇAR A DISCIPULAR
Depois que você recebeu permissão do seu líder para
começar a discipular, você deve adquirir imediatamente o material para o
discipulado. Nesse manual você receberá algumas instruções importantes que lhe
ajudarão a manusear bem o material e a ser um bom discipulador. O segredo
principal é confiar na capacitação que o Espírito Santo lhe dará, e fazer do
mesmo jeito como estamos fazendo com você. Nestes encontros semanais você pode
receber mais orientações e tirar suas duvidas. Depois procure o novo convertido
para conversarem sobre o assunto. Não force o novo convertido a começar o
discipulado. Porém, motive-o; “ponha sal na sua boca”, produza interesse, faça
uma boa propaganda do material. Explique os benefícios que o discipulado trará
na vida dele e como serão muito gostosos e edificantes esses encontros.
Dê para ele o livro do aluno e peça para ele
estudar a primeira lição e responder ás perguntas para o seu primeiro encontro.
33.8. SER DISCIPULADOR É SER MODELO
O propósito do discipulado é ajudar o novo
convertido a entender verdades fundamentais para a sua nova vida. O discipulado
também vai ajudá-lo no processo de transformação da sua alma, bem como na
mudança de hábitos e tendências erradas, e na edificação de novos valores na
vida. Além do Espírito Santo, você também será uma grande influencia na vida
desse novo irmão (a). É normal as pessoas mudarem mais rápido quando elas têm
um modelo a ser seguido. Como discipulador você servirá de modelo para o seu
discípulo. Não se preocupe com o fato de você não ser perfeito em todas as suas
ações, pois ninguém ainda é. Você não precisa fingir que é o que não é. Aliás,
o Espírito Santo muitas vezes vai usar sua transparência e honestidade para
encorajar o seu discípulo a continuar seguindo Jesus. O mais importante é você
andar na luz que você já tem, e Deus lhe usará.
Sem dúvida, esta experiência de se encontrar
semanalmente com seu discípulo vai lhe beneficiar também, pois á medida que
você ajuda alguém a crescer na fé você também crescerá junto.
33.9. TORNANDO-SE UM MEMBRO RESPONSÁVEL DA FAMILIA
Quando nascemos de novo, nascemos na família de
Deus. Nosso alvo agora é crescer, não somente no conhecimento da Palavra e das
coisas pertinentes ao reino de Deus, mais também no compromisso e na
responsabilidade com minha família espiritual.
Não podemos continuar sendo meros membros
frequentadores da igreja como alguns talvez gostariam de ser. Você não pode
fazer parte do grupo de pessoas que apesar de virem à igreja, ainda dizem “a
igreja deles”. Você deve ser do “time” das pessoas que falam “a minha igreja”.
Você com certeza não quer permanecer uma criancinha para sempre (sempre
demandando atenção e cuidados especiais). O normal e óbvio: é que cresçamos e
comecemos a assumir algumas responsabilidades. Isso não só é saudável como é
natural. Começar ajudar a cuidar do seu novo irmãozinho na fé é a melhor
maneira para chegar a ser um membro responsável que já faz de você um membro
responsável da família. É claro, não é só ganhar alguém para cristo e
discípulá-lo que já faz de você um membro responsável da família, mas já é o
começo, logo você chegará lá.
PARABÉNS!